Terça-feira, dez da manhã. Depois de três dias de chuva, uma trégua. Não pensei duas vezes: caminhada no Parque Municipal.

Estacionei o carro nas imediações da Escola Barão de Macaúbas na Floresta e desci a pé até a portaria Afonso Pena, que fica defronte ao Automóvel Clube.

Fez o agendamento, perguntou o segurança. Não, respondi. Só pode entrar com agendamento, replicou ele… E como eu permanecesse ali parado, sem saber o que fazer, contemporizou: se o senhor quiser, pode fazer on-line.

Respeito é bom e eu gosto. Aquele senhor, contudo, me pareceu desnecessário. Tive vontade de apontar para o céu o indicador e mostrar ao meu interlocutor onde está o verdadeiro senhor, mas me contive. O importante, naquele momento, era ser admitido no recinto.

Fui ao celular. Baixar o aplicativo, fazer o cadastro, criar uma senha, confirmar a senha, aceitar os termos de utilização, etc., etc. O que parecia coisa à toa acabou se transformando numa verdadeira operação de guerra. Tive que dar a mão à palmatória: o senhor do moço da portaria foi merecido.   

O Parque, que foi interditado no início da pandemia e havia sido reaberto naqueles dias, estava praticamente deserto. Caminhei pela ciclovia recém-pintada de amarelo-ouro sem encontrar uma bicicleta sequer. No Lago dos Marrecos e mais adiante no Lago do Quiosque, nenhum espectador.

A Praça da Vitória de Samotrácia? Às moscas, como era de se esperar. Mesmo antes da interdição do Parque eram raras as visitas à réplica da famosa escultura, que foi instalada – vai entender – lá nos fundos, em sítio pouco frequentado.

Réplica da escultura “Vitória de Samotrácia (Foto: Lude G. B.)

Passei pelo local aonde funcionou o Colégio Imaco na esperança de ver novamente em ação operários da construção civil. Em vão. A obra, inacabada (“Espaço Multiuso”), está paralisada há muitos anos. Seria um belo espaço dedicado à cultura e lazer. Afastei-me indignado: se foi para não fazer, porque é que desfizeram?

Cruzei a Ponte Seca. Seca, porque não cruza rio ou córrego algum e sim uma área ajardinada. O curso d´água que por lá corria solto, foi, há muito, canalizado. Acaba Mundo.

Do outro lado da ponte, na área dos brinquedos, tudo parado: roda gigante, trenzinho, carrossel. Ali perto, no Lago dos Barcos, nenhuma embarcação. Mais ao fundo, na Ilha dos Amores, passarinhos.

Lago dos Barcos (Foto do autor)

No Coreto, ninguém para apreciar a beleza dos jardins. Subi a escada. Lá de cima, recostado no gradil, me pus a refletir sobre a caminhada. Foi interessante? Sem dúvida. Mas faltou emoção. O que dá vida a um parque são as pessoas.

Da próxima vez, vou levar pelo menos sete. Esposa, filhos e noras.

Foto de abertura: Lude G. B.

143 respostas

  1. Boa noite Zé.
    Me lembrei de quando mudei pra cá e não conhecia nada, com 3 crianças pequenas e pouco dinheiro.
    Minha cunhada e eu com meus filhos e sobrinhos , um pet de 2 litros de suco congelado, varios pães com mortadela, água, nos aventuravamos para conhecer a cidade. Era menino brigando no onibus por um lugar na janela, outros tentando contar os andares dos edificios e os menores procurando colo para dormir com o sacolejar do onibus.
    Fizemos varios piqueniques assim nos finais de semana.
    Um lugar que gostavam era o Parque.
    Quem lia mais nomes de arvores?
    Quem chegava primeiro ao lago?
    O pão muitas vezes ia pela metade para os peixes.
    Na volta cansados, eram os pequenos querendo colo e os maiores rindo das aventuras vividas.
    Nunca estivemos no local onde esta a estatua da Nice.
    Deve ser lindissima.
    Quando minha irmã vier aqui vamos lá e seguindo seu caminho vou conhece-la.

    1. Olá Fatinha.
      Que bom que você se lembrou dos tempos em que ainda não conhecia BH e saia se aventurando pela cidade com as crianças. Deve ter sido uma experiência inesquecível.
      Era o Parque Municipal cumprindo o seu papel: entretenimento a baixo custo para toda a família. Papel que vem cumprindo, e bem, até hoje.
      Garanto que seus filhos e sobrinhos ainda se lembram com saudades daquelas aventuras, não é mesmo?
      Quanto à deusa Nike/Nice que representa a Vitória de Samotracia, aqui vai uma dica: a réplica da famosa escultura fica após o Lago do Quiosque, próximo à esquina da Alameda Ezequiel Dias com a avenida dos Andradas, lá nos fundos do Parque.
      Um grande abraço!

  2. Meu caro amigo José Walker .
    Leitura prazerosa que nos trazem à memória realidades já vividas naquele espaço.
    Quem nunca levou ” os meninos” para andar de burrico e comer algodão doce?.
    É isto, pessoas complementam os espaços. Sem elas fica a sensação de vazio.
    Abraços

    1. Muito obrigado amigo Ivan.
      Que bom que aí do Sul de Minas você se lembrou do tempo que levava os “meninos” ao Parque.
      Abração!

  3. Já tem um novo, mas vamos deixar de ler este último, que ficou guardado pra hoje.
    Claro, preciso ir ao Parque. Sem cadastro, naturalmente.
    Ótimo, Zé! Obrigada.

    1. Valeu Ângela. O importante é que você não deixou passar em branco o artigo.
      Vá ao Parque sim. Vale a pena!
      Grande abraço!

  4. Puxa, que bacana! Me deu saudade das nossas caminhadas matinais de sábado. Bom saber que o parque voltou a funcionar. Concordo com você, o que dá vida são as pessoas! Uma pena que nosso parque municipal possui um ar de abandono. Vou confessar uma coisa: tenho medo de caminhar sozinha no nosso parque.
    Retornarei minhas caminhadas em breve! Acompanhada! Nosso parque municipal possui paisagens lindas!

    1. Olá Frieda.
      O Parque Municipal vem recebendo melhorias por parte da Prefeitura e tende a ficar cada vez melhor.
      As medidas de segurança são necessárias. Podem trazer algum desconforto a “senhores” como eu, mas com calma tudo se resolve, não é mesmo?
      Volte lá. Você vai se surpreender.

  5. Gostei do seu bom humor… vc conseguiu fazer da sua caminhada um passeio divertido, rsrs… já faz tanto tempo que estive lá e foi muito bom recordar!

    1. Obrigado Anaide.
      Que bom que você se recordou do Parque depois de tanto tempo. Volte lá e depois me diga como foi a experiência.
      Abraços!

  6. José Walker, gosto de ler suas caminhadas com tempo, para viajar nas palavras. Muito interessante, realmente a gente se sente no lugar, na hora, no momento. Bacana demais. Parabéns…

  7. Meu caro José Walker,
    Ao ler sua descrição da caminhada no Parque Municipal de BH, rapidamente me veio à memória os passeios que eu e meus irmãos lá fizemos na companhia dos meus pais, bem como, já bem mais idoso, lá retornei diversas vezes para assistir shows e peças teatrais no Teatro Francisco Nunes. Boas recordações…. Hoje, pela sua descrição, parece que o Parque está recuperado, após ter passado por um período de degradação. Graças a você, estou animado a visitá-lo em breve. Um grande abraço.

    1. Caro amigo Bretas,
      Sim, o Parque está pronto para receber os visitantes. Atualmente existe essa questão do agendamento, mas como disse o nosso colega Edson Garcia, “o acesso controlado é necessário e dispensa comentários”.
      Não sei como se encontra o Chico Nunes. Parece que ainda está fechado para apresentações, mas a área que fica defronte às bilheterias (onde se reuniam antigamente os colecionadores de selos e moedas) foi recuperada e o piso está novinho em folha.
      Gostei de saber que o texto o motivou a visitar novamente o Parque. Vá sim, e não deixe de visitar a pracinha onde se encontra a réplica da “Vitória de Samotrácia”. Se a encontrar (rsrs).
      Um grande abraço!

  8. Caro amigo José Walker, achei o parque central bem conservado e bem preservado. Suas impressões foram, como sempre, preciosas.
    Abcos.

    1. Obrigado Érico.
      É o que tenho dito: o Parque está bem cuidado. A única nota dissonante é a obra do “Espaço Multiuso”, que se encontra paralisada. Mas vamos torcer para que o bom senso prevaleça e a Prefeitura retome os trabalhos e conclua a obra.
      Abraço!

  9. Caro amigo José Walker,
    Demorei um pouco mais para comentar a sua caminhada no Parque Municipal, pois confesso que fiquei triste com o efeito da COVID e da burocracia para acesso em relação ao Parque. O acesso controlado é necessario e dispensa comentários. O reflexo da COVID é inevitável. Mas o Parque Municipal é um local muito especial para todos nós, nossos filhos e nossos netos e o quadro que você encontrou me trouxe apreensão e fiquei triste.
    Eu, como engenheiro, fiz a reforma do Teatro Francisco Nunes e pude colaborar um pouco para a melhoria do local, do seu foyer…..
    Desta vez sua caminhada nos trouxe uma constatação e nos tirou do conforto…quem sabe ainda poderei fazer mais alguma coisa para ajudar o Parque Municipal….

    VIVA AS CAMINHADAS DO MEU QUERIDO AMIGO JOSÉ WALKER!!!

    1. Muito obrigado amigo Edson Garcia.
      Parabéns pela reforma do Chico Nunes. É um patrimônio que merece ser preservado.
      Quanto a “fazer mais alguma coisa para melhorar o Parque Municipal”, quem dera licitassem novamente o “Espaço Multiuso” (obra paralisada/antigo Colégio Imaco) e sua empresa vencesse o certame. Seria o melhor dos mundos. Competência e seriedade são sua marca registrada.
      Um forte abraço!

  10. Muito divertida sua ida ao Parque Municipal, pelo menos pra mim, kkkk. Achei muito engraçada a forma como você lida com as pedras no caminho, não desistiu, baixou o aplicativo e conseguiu entrar. Pena que não foi como antes, mas valeu demais o passeio. Parabéns mais uma vez.

    1. Obrigado Silvânia.
      A gente apanha um pouco, mas acaba conseguindo. O problema é ter que admitir certas verdades (rsrs).   

  11. Grande Zé. Gosto muito do parque municipal e por diversas vezes caminhei no entorno, na mesma pista que você andou. É um local maravilhoso e de muita história, mas pouco divulgado para turistas. Quando criança, meus pais me levavam lá para andar nos brinquedos. Uma unica vez, andei de barquinho. Outras a cavalo (ponei). Há também o coreto, local da fundação do Atlético, bem como o Teatro Francisco Nunes, dentre outras atrações. Belas lembranças. Um abraço

    1. Obrigado amigo Betinho,
      Concordo com você. O Parque Municipal é pouco divulgado como atração turística, embora seja um dos mais belos parques urbanos do país.
      Vai entender!

  12. Que saudade do meu tempo de criança. Me fez relembrar bons momentos. Forte abraço meu amigo José Walker.

    1. Obrigado Sagih.
      Que bom que você voltou aos bons momentos dos tempos de criança. Fico feliz.
      Forte abraço!

  13. José Walker, boa noite!
    O Parque Municipal de BH, fez parte da minha infância. Eu adorava brincar nos brinquedos gratuitos, do tipo escorregador de madeira, gangorras, andar de patins na pista de patins, etc. Realmente, ver o Parque sem pessoas e crianças não faz sentido. Pretendo visitar em breve.

  14. É Zé, que saudades do parque municipal. Quantos passeios maravilhosos já fiz ali. Quero voltar um dia pra matar essa saudade. Abraços

    1. Volta lá Mário. Nem todas as atividades estão liberadas, mas o Parque continua sendo uma das maiores atrações de BH.
      Abração.

  15. Muito bom lembrar o Parque Municipal, é um lugar que admiro e adoro. Muito antes de eu nascer, lá foi fundado meu amado Clube Atlético Mineiro. Minha infância e juventude vivi no bairro Novo São Lucas, bem perto do parque, eu e meus amigos íamos muito ao parque, de bicicleta. Ótimas recordações, dos passeios de bicicleta no interior do parque, dos pedalinhos no lago, do lambe-lambe, das voltas em burrinhos e dos brinquedos do parque de diversões.
    Eu tive uma infância humilde, invejado dos meus amigos que tinham aquário em casa, uma vez peguei umas piabas no lago do parque, coloquei num saco e levei para casa. Chegando em casa peguei uma vasilha de vidro da minha mãe, enchi de água limpa e coloquei as piabas, eram “meus peixinhos”, rsrs.

    1. É isso aí Leonardo.
      Tenho certeza que seu sonho de ter um “aquário” foi plenamente realizado. E o melhor, você conseguiu realizá-lo com muita criatividade, fazendo uso dos recursos de que dispunha, o que tem muito mais valor.
      Os brinquedos, o trenzinho e os burrinhos não estão disponíveis atualmente, mas acredito que em breve voltarão a fazer a alegria da garotada. Em compensação, a ciclovia, como você viu na foto, ficou uma beleza e não podemos nos esquecer dos outros brinquedos (gangorras, escorregadores, etc.), que estão liberados, além, naturalmente, dos espaços ao ar livre.
      Um grande abraço!

  16. Oi Brandão ! Ou sob o pseudônimo José Walker, um grande contista e escritor. Parabéns por nos lembrar de algo tão precioso e há muito esquecido.

    1. Obrigado Rennó,
      É um privilégio ter um parque como este em pleno coração de BH. Não deixemos que algo tão precioso, com você mesmo ressaltou, caia no esquecimento.
      Forte abraço!

  17. Zé,
    Adorei lembrar da época que eu ia ao parque com os nossos pais! Ele continua lindo e preservado!!! Parabéns mais uma vez por nos fazer caminhar e sentir a beleza do local! Seu relato e as fotografias me levaram à contemplação da natureza deslumbrante que existe no parque até hoje!!!
    Beijos de sua irmã,
    Luciana

    1. Oi Luciana,
      Que bom que através do texto e das fotos você, que se encontra tão distante daqui, tenha passeado comigo pelo nosso belo Parque Municipal. Sinto-me gratificado.
      Beijos!

  18. Bom dia José Walker, como sempre um belo texto. Ler o que o “senhor” (KKK) é como estar presente no local, parabéns mais uma vez. Sobre o senhor, temos que acostumar, ouviremos essa palavrinha com frequência, daqui pra frente. Forte abraço.

    1. Obrigado amigo Cavinato.
      Foi só uma brincadeira, para relaxarmos um pouco. Não fiquei incomodado por terem me tratado de ‘senhor’. Já estou acostumado (rsrs).
      Forte abraço!

  19. Jose Walker. Parque Municipal, belas recordações, o coreto, lago dos barcos, o colégio Imaco, orquidário, teatro Chico Nunes e outras boas atrações que cheguei a aproveitar bastante. A quadra de salão com as peladas. Bons tempos. Parabéns pelo texto. Abraços!

    1. Obrigado Nilson.
      Bem lembrado. O Orquidário fica lá nos fundos do antigo Colégio Imaco. Tem também a quadra de tênis, próximo ao Francisco Nunes.
      Grande abraço!

  20. Abraços Amigo Walker e parabéns pelos 6 Anos do caminhada.org. Maravilhosa sua publicação sobre a caminhada no PARQUE MUNICIPAL. Pena que não teve a emoção que desejava por não ter visto muita gente curtindo essa Maravilha de BH. Vamos continuar torcendo para que a pandemia acabe, covid nos libere para a Vida e venham mais lindas caminhadas e publicações. Sucesso sempre!

    1. Obrigado Amigo Lerman.
      Isso mesmo, vamos torcer para que a pandemia acabe logo e a vida volte à normalidade. Enquanto isso, caminhemos…

  21. Olá José Walker, parque é sinônimo de vida, alegria, diversão, brincadeiras e muito mais! E o parque municipal representa tudo isso para todos nós! Quantas lembranças eu tenho das minhas idas ao parque municipal com a minha tia que morava no Edifício Argélia! Parabéns mais uma vez! Continue trazendo para nós essas grandes lembranças! Um abraço!

    1. Obrigado Luiz Henrique.
      Você definiu muito bem o que representa o Parque Municipal na vida do belorizontino. Também tenho boas lembranças da minha infância no Parque (eu morava a três quarteirões dali) e uma cicatriz, resultado de uma ‘gangorrada’ que levei na testa.
      Um grande abraço!

  22. Excelente crônica! Estudei no IMACO, já há alguns anos atrás, e o Parque Municipal foi palco de várias e boas histórias. Não tanto como as suas. Parabéns!

    1. Obrigado Max.
      Então você teve o privilégio de estudar em pleno Parque Municipal. Privilégio de poucos, hein?
      Quanto às histórias, tenho certeza que as suas são tão boas quanto, quiçá melhores que as minhas.
      Abraço!

  23. Caro J. Walker, é uma pena o Parque encontrar-se nessa situação.
    Tão importante para BH, porém, sem vida humana, mas, pelo menos, preservado o verde.
    Esperamos que, da próxima vez, você possa ter a companhia de outros tantos admiradores dessa obra da natureza, em meio a selva de pedra.
    Abraço e até a próxima aventura, que nos enche de conhecimento e lembranças.

    1. Obrigado Eduardo.
      Questão de tempo. Acredito que aos poucos o público irá voltando ao Parque. E terá agradáveis surpresas.
      Abraço!

  24. Muito apropriado para refletirmos sobre a importância do PM para o centro de BH. Cada dia mais necessário à cidade. Abraço!

  25. Mais uma boa lembrança das minhas intensas caminhadas por BH.
    Diariamente de manhã, saia de casa no Carlos Prates e ia a pé para o trabalho até a área hospitalar.
    O que mais me motivava era cruzar o Parque Municipal bem cedo. Um privilégio durante 5 anos da minha vida.
    Obrigado e não pare!
    ABS

    1. Valeu Magnus.
      Com certeza estes cinco anos ficarão gravados para sempre na sua memória.
      Você diz que foi um privilégio. Eu diria que você se fez privilegiado. Dentre várias opções de deslocamento, escolheu a mais saudável. Parabéns!

  26. Nossas riquezas escapam de nossas próprias mãos. Essa beleza, quase que natural, em qualquer país do mundo, a valorização seria diferenciada.
    Você disse tudo: ermo, solitário e desfalecendo.
    Parabéns pelo texto.

    1. Obrigado Tião.
      Como eu disse há pouco em outro comentário, até que o Parque está bem cuidado. A única nota dissonante é a obra inacabada no local aonde funcionava o Colégio Imaco. Tomara que o bom senso prevaleça e a Prefeitura conclua o projeto, belíssimo por sinal.
      O ermo se deve à pandemia, mas é questão de tempo. Em breve tudo voltará à normalidade.
      Abraço!

  27. Olá, José Walker!
    Mais uma vez parabéns pelo texto. Aproveitei a leitura agradável e apreciei também os três últimos publicados, o da Praça Raul Soares me trouxe lembranças fortes pelos dois anos que morei no Ed. JK, na nossa época no ICex/UFMG. Apreciava muito um PF no buteco WiFi no final da noite.
    Grande abraço

    1. Olá Fernando, bom te ver por aqui de novo.
      Obrigado por compartilhar suas recordações do nosso tempo de estudantes. Saudade!
      Grande abraço!

  28. Mais uma ótima crônica do grande Zé Walker, o qual, com a sua afinada perspicácia, nos traz boas recordações das coisas e dos lugares da nossa BH.
    Ainda bem que periodicamente somos brindados com as escritas de suas andanças.

    1. Obrigado Murilo,
      É um prazer compartilhar com os amigos de adolescência como você as minhas andanças pela cidade.
      Grande abraço!

  29. Muito bom Zé!!
    Só é uma pena um lugar tão tradicional e bacana como o parque municipal e outras atrações na cidade estarem tão mal administradas e pouco aproveitadas. Um potencial enorme para exploração turística na cidade!
    Abraços

    1. Obrigado Rafael.
      Até que o Parque está bem cuidado. A única nota dissonante é a obra inacabada a que me referi no texto, que seria um belo espaço de cultura e lazer. Quanto à réplica da Vitória de Samotracia, a minha opinião, sujeita a melhor juízo, é que deveria ser realocada de forma a ter o destaque que merece (a escultura original é uma das principais atrações do Louvre).
      Um grande abraço!

  30. Boa tarde amigo, tenho muitas lembranças do parque quando criança que meus pais me levavam e já adulto passeava sempre com minha filha Sophia Nabia adorava.

  31. Olá José Walker!
    Ao tempo que te acompanhava na caminhada, fazia algumas paradas e contemplava a natureza! Belas árvores: centenárias? sempre estiveram lá? Como sobrevivem neste micro ambiente, no meio da mata de concreto e asfalto? Vejo também os pássaros, os insetos e até as borboletas coloridas!! Sinto o ar mais puro para respirar e o tempo passando mais devagar. Será assim mesmo? Que bom que temos este parque no centro da cidade!!
    Um grande abraço e até a próxima caminhada!!

    1. Caro Alberto,
      Ao tempo que lia seu comentário, fazia uma reflexão em torno das belezas do nosso parque. Centenárias sim, as árvores. Mais que centenárias. Dizem que várias delas foram transplantadas de outras regiões da cidade à época da mudança da capital, lá pelos idos de 1897. Os pássaros, de acordo com a Prefeitura, somam 47 espécies como bem-te-vis, gaviões, sabiás, trinca-ferros e pardais. As borboletas estão por todo lado, colorindo o verde ambiente.
      Obrigado por enriquecer o texto com suas sutis e oportunas observações.
      Um grande abraço!

  32. Parque, é sinônimo de gente e vida. Espero que o mais breve possível, vc possa fazer outro passeio, em situações melhores. Mas sempre vale a caminhada. Um grande abraço.

  33. J.Walker, boa noite!
    Parque sem gente que graça tem!
    Só ” boniteza “, não basta.
    Samir.

  34. Olá José Walker,
    Muito bom poder passear pela cidade resgatando bons tempos antes da pandemia. Parabéns.

  35. Obrigado pela lembrança. Continue com as belas narrativas contextualizadas no tempo certo de reflexões da e nossas vidas .

    1. Obrigado Wellington.
      É um prazer compartilhar com os amigos as minhas andanças pela cidade.

  36. Oi Zé, antes da pandemia levei meu neto algumas vezes ao parque municipal. A minha impressão foi sempre de descaso com um espaço tão bonito. Espero que os responsáveis pelo parque se esforcem para preservá-lo e torná-lo referência, pois é muito agradável a visita.

    1. Caro Anderson.
      A Prefeitura está promovendo algumas melhorias por lá. A nova ciclovia é uma delas. Notei também que o piso em frente ao Teatro Francisco Nunes foi renovado e os jardins em volta do coreto estão bem cuidados.
      Tomara que conservem assim.

  37. O passeio nesse Parque é muito agradável e certamente as pessoas e os eventos que acontecem por lá enriquecem o programa.
    Suas caminhadas e seu olhar atento aos detalhes são peculiares e sensacionais.

    1. Obrigado Lauro.
      Passear pelo Parque é um ótimo programa. Assim que tudo voltar ao normal, vai ficar melhor ainda.
      Grande abraço!

  38. Que bom, Zé Walker, continuar com suas caminhadas pela cidade e agora não mais voltando da Copasa. Foi uma inspiração para mim que adoro fazer caminhadas em locais diferentes, em especial qdo são belos. Eu acredito que ainda teremos prefeitos que valorizam a natureza e a beleza do parque municipal será restaurada. Parabéns!

    1. Obrigado Ana Lúcia.
      Muito bom saber que através do blog você está descobrindo novos lugares para fazer as suas caminhadas. Sinto-me gratificado.
      Grande abraço!

  39. Caro Amigo, tudo bem ne? Vê-se pelas caminhadas. Muito legal! Continue sempre curtindo as coisas desta cidade que a gente gosta. É muito interessante e saudável este seu hobe.
    Grande abraço.

    1. Obrigado José Raimundo.
      Caminhar é tudo de bom. Pelas ruas da nossa linda cidade, melhor ainda.
      Grande abraço!

  40. Olá meu colega!
    Aproveite a vida mesmo. Ótimas caminhadas e nos mantenha informados sobre a nossa cidade.
    Grande abraço!

    1. Pode deixar Fernando. No que depender de mim, os amigos estarão sempre bem informados a respeito da nossa BH.

  41. Eu morava na Av. Alvares Cabral com Rua Curitiba e era comum ver os burrinhos passarem ( pela manhã, indo, e à tarde, voltando). Vinham da região do Bairro Coração de Jesus, q hoje, poucos belorizontinos sabem q existe. Mas para mim era marcante, porque era o nome do troleibus que passava no bairro de Lourdes, e que eu pegava, para ir e voltar do centro.

    1. Me lembro bem do troleibus “Coração de Jesus”. Eu morava no Centro e o pegava para ir à casa dos meus avós, na Bernardo Mascarenhas. Descia na Conde de Linhares, do outro lado da pracinha.
      Obrigado por compartilhar suas recordações.

  42. Boas lembranças, quando criança via passar em minha rua, Bernardo Mascarenhas, os jumentos do Sacarias que diariamente alegravam as crianças em cavalgadas pelo parque.

    1. Ótimas lembranças!
      Como você sabe, também frequentei a rua Bernardo Mascarenhas quando criança, mas não me lembro de ver passarem por lá os jumentos do Parque Municipal.
      Obrigado por compartilhar as recordações da sua infância.

  43. Mais um artigo gostoso de se ler. Gostei de passear no parque através do seu relato. É um bacana de BH, embora tenha perdido 2/3 de sua área original, sabia? Parque vazio é triste. Mal frequentado também. Infelizmente não temos mais segurança nem nos parques. Você nos encoraja a redescobrir BH. Voltarei ao parque assim que acabar este tal de agendamento.

    1. Obrigado Miranda.
      Bom demais saber que você caminha comigo ao ler os meus relatos.
      De fato, o que temos hoje é apenas a terça parte do Parque original, cuja área abrangia os hospitais, o hipermercado (antigo campo do América Futebol Clube) e parte do bairro Floresta.
      Quem sabe, agora que o hipermercado fechou as portas, recuperamos, pelo menos, aquela área?

  44. Parque Municipal me remete à infância de meus filhos quando era passeio frequente com eles nos fins de semana. Fazia parte da atração o colorido e o calor das pessoas em movimento. Por isso, desta vez li com melancolia seu relato, mas como sempre fazendo a gente caminhar na imaginação pela cidade. E que venham muitas outras, meu caro Zé! Abraço.

    1. Caro amigo José Ribeiro.
      Acredito que aos poucos o colorido e o calor das pessoas irão voltando ao Parque. Mesmo sem eles, vale a pena visitar o local. Para meditar e relaxar, por exemplo, é ótimo. Para caminhar também.
      Forte abraço!

  45. Boas lembranças da minha infância no Parque Municipal…. Será que ainda existem os burrinhos?
    Parabéns Zé! Um abraço!

    1. Obrigado Geraldo.
      Antes da pandemia, a última vez que visitei o Parque foi em meados de 2019. Os burrinhos ainda estavam por lá. Desta vez, não. Vamos aguardar a reabertura completa. Talvez voltem…

  46. Oi Zé, gostei demais da sua descrição do parque municipal. Me relembrou a infância da Ana Luíza e Bruno com outros casais com filhos da mesma idade, era maravilhoso. Os brinquedos, a pipoca, o sorvete… Me lembro bem de um fotógrafo com uma máquina de pé muito antiga. O parque ficava cheio, e desfrutávamos daquela bela paisagem. Adorei!!!!

    1. Obrigado Glória.
      É verdade. O Parque é o lugar ideal para levar as crianças. Como você disse, tem sorvete, pipoca, brinquedos, tudo que elas gostam.
      Até pouco tempo atrás ainda se viam por lá os fotografos lambe-lambe.

  47. Olá José Walker,
    Tem anos que não vou ao Parque Municipal e a descrição da sua caminhada me refrescou um pouco a memória. A propósito, o que foi feito do Teatro Francisco Nunes?
    Estive ano passado no Parque da Serra do Curral e tivemos que agendar com antecedência também. Os parques são os locais ideais para uma caminhada, pela segurança e também pelo ar menos poluído. Como vc falou, em breve todos esses locais estarão liberados, sem agendamentos. Abraço.
    P.S. Falei em segurança no parque e me lembrei de uma pessoa conhecida que foi caminhar lá e teve o azar de uma árvore cair em cima dela. Ela acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu.

    1. Olá Rubens.
      Acredito que o Teatro Francisco Nunes esteja fechado. Não vi cartazes de anúncio de shows.
      Quanto aos parques, espero que sejam liberados em breve. São realmente ideais para caminhadas. O caso da sua conhecida foi uma fatalidade.
      Abs.

  48. Caro Walker

    Belíssima descrição do parque municipal, fiz um belo passeio por lá através de suas palavras.
    Não sei se você já conduziu suas caminhadas pelo parque da serra do curral, é um local que merece ser homenageado ( se já não o foi ) por sua arte da escrita.
    É sempre um prazer ler os seus artigos de puro talento.

    1. Obrigado Ronaldo.
      Ainda não fui ao Parque da Serra do Curral, que já está no meu radar há tempos. Qualquer hora dessas vou lá pra conferir.
      Abraços!

  49. Zé, ler seus artigos desperta a vontade de seguir seus passos, refazer seus roteiros, lançando um olhar cheio de afeto e admiração por nossa Belo Horizonte!

    1. Muito obrigado Mônica.
      Que bom que você gostou. É uma satisfação ter a sua companhia aqui no blog.
      Grande abraço!

  50. Ze Walker,
    Como sempre, é muito bom ler seus artigos. A dificuldade para entrar num parque tão vazio me pareceu absurda, mesmo vivendo em tempos de pandemia.
    A beleza de um parque é realçada pelas pessoas. Concordo plenamente com você.
    Fica aqui a partir do seu importante e belo artigo a minha indignação: por que tanta dificuldade para ingressar num lugar aberto, com muito verde, num espaço saudável e com obras de arte para serem apreciadas.
    Os parques perto da minha casa estão abertos, com os equipamentos de ginástica funcionando normalmente.
    Parabéns, Zé.
    Mais uma vez brilhou!!!

    1. Obrigado Márcia.
      Espero que em breve possamos ter livre acesso ao Parque. Enquanto isso, temos que nos sujeitar às regras do jogo. O agendamento é meio enjoado, mas não é nenhum bicho de sete cabeças, a não ser para ‘senhores’ como eu (rsrs).
      Um grande abraço!

  51. Complementando, os burrinhos e cavalos ainda estão por lá? E as canoas de madeira?
    Faz-nos relembrar de nossa infância aqui em BH, principalmente no meu caso que vim Governador Valadares e tudo aquilo, em um parque, era novidade.
    Canoa por lá era no Rio Doce e cavalos na Fazenda do meu pai e de amigos.

    1. Não Argolo, os burrinhos não estão por lá, nem as canoas. Acredito que, assim como os brinquedos, devem voltar tão logo o Parque seja totalmente franqueado à população.
      Vamos aguardar.

  52. Caro Colega José Walker.
    Bom escrever para você.
    Depois de descrever os problemas por lá encontrados, seria interessante complementar este artigo descrevendo as suas observações positivas como por exemplo a ciclovia pintada de amarelo-ouro, fato este que eu não sabia! Nestes tempos de tantos fatos e acontecimentos que jogaram nossos sonhos para baixo, nada como suas caminhadas descrevendo o positivo, o belo, as inovações jogando estas mesmas pessoas para cima.
    Forte abraço.

    1. Obrigado pelo comentário, Argolo.
      Apesar dos problemas descritos, o Parque Municipal não perdeu o encanto. A volta dos brinquedos é questão de tempo. Com a volta dos brinquedos, voltam as crianças, os pais das crianças e o parque ganha vida novamente.
      A ciclovia ficou realmente muito bonita em sua nova roupagem amarelo-ouro. Exatamente por isso ela aparece logo na abertura do artigo, em destaque.
      Em outro artigo (https://caminhada.org/2019/07/07/um-novo-olhar-sobre-o-parque-municipal/) eu já havia falado sobre outras atrações do Parque e só não voltei a elas para não soar repetitivo.
      De qualquer maneira, anotei a sua sugestão. Não faltará oportunidade de voltar ao assunto.
      Grande abraço!

  53. Quem sabe. Qdo dias melhores vierem e eu estando por aí a procura de um belo recanto para eu me encantar dê um passada para conhecer. Abs

  54. Privilégio poder contemplar o parque praticamente sozinho!
    O esforço de fazer o agendamento online valeu a pena!
    Parabéns por mais uma caminhada e o excelente texto!
    Kado

    1. Valeu a pena sim, Kado.
      O Parque está ficando bem legal. Aproveitaram a interdição forçada pela pandemia para fazer algumas melhorias.
      Quanto aos frequentadores, acredito que aos poucos irão voltando.

  55. “Senhor” não se decepcione com a burocracia da prefeitura. Até parece que vai ficar lotado para ter agendamento. Vou levar o neto para passear, mas agora que está na escolinha, vai ter que ser final de semana, qdo provavelmente, vai estar mais cheio. Vamos ver o agendamento.

    1. Depois da ‘surra’ que levei para fazer o agendamento, já não me importo de me chamarem de senhor.
      Quanto ao neto, leve-o ao Parque. Ele e o avô vão gostar.

  56. Walker,
    Realmente é uma coisa muito triste. “Um parque vazio”.
    Realmente é uma coisa muito triste. “Um parque abandonado pela prefeitura.

    1. O Parque está vazio mesmo. Talvez pelo fato das pessoas não saberem da necessidade de agendar, ou por não saberem que foi reaberto.
      Quanto à Prefeitura, até que está cuidando direitinho. Viu como ficou bonita a ciclovia?

  57. Oi Zé! Agora aposentada, qdo for fazer suas csminhadas por BH, pode me chamar. Estou afim de dar umas voltas pelo centro da cidade para curtir as pinturas de grafite. Sábado à tarde ou domingo pela manhã é uma boa pedida.

  58. José, tive até vontade de rever o Parque. Quem sabe da próxima visita a BH. Um abraço e obrigado,

  59. Otima narrativa Zé,mais uma vez caminhei com vc. Outro dia tentei entrar no parque,mas não tive a sua paciência. Obrigada por partilhar.

    1. Obrigado Valéria.
      O tal agendamento on-line é meio enjoado mesmo. Mas com um pouco de paciência a gente consegue.
      Abs.

  60. Olá, José!
    Tenho tido muita vontade de voltar a fazer um passeio no Parque Municipal para levar meu neto, pois ele ainda não conhece. Agora fiquei com a vontade mais aguçada após a sua narrativa!
    Parabéns mais uma vez!
    Grande abraço.
    Tonho

    1. Obrigado Tonho.
      Não deixe de levar o neto. Ele vai adorar. Só não se esqueça que os brinquedos e o trenzinho ainda não estão funcionando. Mesmo assim, vale a pena.
      Abração!

  61. Olá, José,

    Você como sempre muito pontual e verdadeiro!! Esse espaço de BH que poderia ser desfrutado e utilizado para valorizar e realçar a nossa cidade, uma pena.

    Grande Abraço

    Glória Matias

    1. Valeu Glória.
      Bom te ver por aqui de novo.
      Vamos torcer para que haja bom senso e concluam o Espaço Multiuso (antigo Colégio Imaco). O projeto ficou uma beleza!
      Grande abraço!

      1. Saudades do Parque Municipal. Na minha infância, meu pai me levava nos brinquedos. Levei meus filhos nos brinquedos e nas canoas. O Parque é uma referência em minha vida.
        A Praça da Vitória de Samotracia é novidade para mim. É o diferencial de conhecimento e cultura que você nos presenteia em seus textos. Um abraço.

        1. Obrigado Paulo.
          Que legal, né? De geração a geração, o Parque vai cumprindo o seu papel de proporcionar alegria e diversão aos belorizontinos.
          Um desafio: da próxima vez que visitar o Parque, encontre a “Vitória de Samotracia”.
          Grande abraço!

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