Final da década de 60. Eu tinha 15 anos, o canudo do curso ginasial nas mãos e um monte de ideias na cabeça. Iniciava o curso científico no Colégio Estadual Governador Milton Campos. Estadual Central.  

Da Serra, onde eu morava, até o colégio era chão pra encardir. Eu fazia o percurso em duas etapas. A primeira, a pé. Saía de casa cedo e desabalava rua do Ouro abaixo até a avenida do Contorno, onde iniciava a segunda etapa, de ônibus. A bordo do Getúlio Vargas, eu me refazia da caminhada. Chegava inteiro ao colégio.

Na volta pra casa era o inverso. Eu embarcava no Getúlio Vargas em direção à Savassi, descia nas imediações da Praça ABC e encarava a pé a subida da Serra: Cláudio Manoel, Estevão Pinto, Caraça, Serranos.

Eu poderia encarar a rua do Ouro, mas a subida pela rua Estevão Pinto tinha um apelo irresistível: o Colégio Sacre Couer de Marie, de onde irrompiam, após o término das aulas, as colegiais mais lindas de Belo Horizonte, “naquela idade em que as moças adolescem e os moços adoecem”.

Colégio Sacre-Couer de Marie à rua Estevão Pinto, bairro Serra (crédito: Google Street View)

Ainda bem que nos sábados tinha aula de Educação Física. E futebol depois da aula de Educação Física. E caminhada até o centro da cidade depois do futebol. Era o que nos salvava, a mim e a outros pobres moços.

Descíamos fazendo estardalhaço. Contando vantagens, lembrando os principais lances do futebol, jogando conversa fora. Descíamos ora por Espírito Santo, ora por Rio de Janeiro, quase sempre por São Paulo.

Porque a preferência pela rua São Paulo? Sei não. Talvez por ser a ligação mais direta, ou quem sabe pelo fato de seguirmos junto à mureta do córrego do Leitão, que naquela época ainda corria a céu aberto por lá.

O fato é que descíamos livres e soltos como as águas do Leitão. Até o ponto em que o córrego infletia para os lados da rua Padre Belchior. Aí atravessávamos Augusto de Lima e iniciávamos a subida de São Paulo em direção à avenida Amazonas.

Na esquina de Tupis eu me despedia dos colegas. Quebrava à direita, passava em frente ao saudoso Cine Jacques, cruzava as ruas Rio de Janeiro e Espírito Santo e seguia em direção à avenida Afonso Pena.

Cine Jacques à rua Tupis, na década de 60 (Foto: divulgação “Estado de Minas”)

O ponto do Serra era logo adiante, em frente à Lojas Gomes, onde eu ficava namorando os discos dos Beatles que um dia iria comprar. Se Deus quisesse.

Mas o que Deus queria mesmo é que o guerreiro fosse pra casa. E o guerreiro obedecia. Chegava e ia direto pra mesa. Depois pra cama, que ninguém é de ferro. Aí eram os planos para a noite, para os bailes de então. Às vezes dois ou mais no mesmo dia. O meio de locomoção? Os pés, naturalmente. 

Desconfio que vem desta época o meu gosto pelas caminhadas.

Foto de abertura: Colégio Estadual Central na década de 60 (divulgação Revista Encontro)

163 respostas

  1. Olá, me parece que não cursamos o Colégio Estadual Central na mesma época, porque sou mais velho. Tínhamos um grande orgulho em usar aquele uniforme, porque estudar no Colégio Estadual Central era uma porta para entrar a universidade. Havia grandes mestres e muito aprendíamos com eles. Para você ter uma ideia, na época passei na admissão do Coluni, Colégio Universitário, que era uma garantia para passar no vestibular. Mas preferi continuar no Estadual. Gostaria de tentar fazer contatos com a minha turma, do final dos anos 70. Acho que foram os anos 68, 69 e 70 e nossa área era ligada às Humanas. A maioria foi para a Fafich, que era próxima ao Central, e formou em Comunicação Social e se espalhou pelo mercado de trabalho de BH e até fora de Minas. Meu nome é Afonso Melo e tenho muita vontade de encontrar amigos e colegas. Meus contatos são 31 99958 8319 e amelo01@uol.com.br. Já tentei pelo Facebook e não consegui achar amigas e colegas. Havíamos lido na época Encontro Marcado, de Fernando Sabino, que narrava e história em BH de escritores que antecederam a nossa geração e que muito nos influenciou. Combinamos um “Encontro Marcado” depois que deixamos o colégio, mas ninguém apareceu. E foi muito triste subir e descer aquela rampa sozinho e passar nas portas das salas vazias, o que meu deu um vazio no coração.

    1. Olá Afonso,
      Estudamos no Estadual Central quase na mesma época, pois fiz o curso científico de 1969 a 1971. Portanto, você deve ser apenas 1 ano mais velho que eu.
      Você tem razão, o Estadual era porta de entrada para a universidade. Eu passei no vestibular da UFMG em 1971 (Engenharia Civil) sem ter feito cursinho.
      Quanto a reencontrar os colegas daquela época, é difícil mesmo. Se você não tem o convite de formatura, sugiro que vá até o colégio e procure se informar. Com certeza eles têm o registro de todos os ex-alunos.
      No mais, boa sorte na sua busca.
      Um grande abraço!

  2. Em 1966, estava com 6 anos de idade, e no Bairro da Serra, para onde minha família se mudou em 1965. A família migrou de Pedreiras, no Maranhão para Belo Horizonte. Minha mãe e pai, escolheram morar no Bairro da Serra, porque vinham de uma tradição de classe média, e queriam morar em um lugar que tivesse o perfil sócio econômico da família.
    O Bairro da Serra em 1966, tem suas peculiaridades, é o próprio retrato do Brasil, marcado pela dialética Casa Grande x Senzala, riqueza x pobreza, opressor x oprimido. Encontramos nesse bairro construções da classe alta, em contraste com as moradias e ocupações de populações excluídas. È também no Bairro da Serra que encontramos Aglomerado da Serra, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte.

    Me reporto ao tema das favelas e desigualdades sociais em minha biografia, devido à estes elementos sociológicos terem estado muito presente em minha infância, onde pude conviver com 5 favelas: A favela Vila Santa Izabel, Pindura Saia, Aglomerado da Serra, do Pombal, e Nossa Senhora de Copacabana, todas situadas no Bairro de classe média da Serra, em Belo Horizonte.

    1. Que história bacana Manuel. Você teve uma infância muito parecida com a minha. Eu também vivenciei tudo isso, pois morava na rua Serranos e para chegar ao Estadual da Serra eu tinha que atravessar a Vila Nossa Senhora de Copacabana. Tinha amigos em todas as vilas que você citou.
      Saudade!

      1. Infelizmente, a maioria das favelas do Bairro da Serra foram removidas pela especulação imobiliária, eram pessoas maravilhosas que moravam nessas comunidades que deveriam ter sido urbanizadas, e não removidas.
        Na favela Nossa Senhora de Copacabana, conheci em 1974 Seu Aristides, Pai de minha
        catequista, da igreja de São João Evangelista, Ângela Eulália, moça negra
        maravilhosa, comunicativa, alegre, uma estrela Gospel, no universo
        católico. Walter, que estudava no colégio Estadual da Serra, me apresentou seu pai, que por
        sua vez me apresentou pela primeira vez o disco do sambista e poeta Cartola, que tem como maiores sucessos as músicas As Rosas não Falam, O Mundo É um Moinho e Alvorada. Considerado por diversos músicos e críticos como
        o maior sambista da história da música brasileira.
        A favela do Pombal, delimitada pelas ruas Trifana, Oriente, Ivaí e Avenida
        Bandeirantes, com área total terreno superior a 34 mil m², só vim a
        conhecer e frequentar em 1973, quando fui estudar no Colégio Estadual da
        Serra, no Ensino Fundamental II. O colégio ficava em área nobre e rica da
        zona sul de Belo Horizonte (bairro das Mangabeiras) , mas ao lado da
        referida favela.

        1. Como já disse anteriormente, nossa história é muito parecida. Fomos criados num ambiente saudável, cercados de pessoas simples e maravilhosas. Tenho ótimas recordações daquela época e amizades que preservo até hoje.
          Um grande abraço!

  3. Puxa Walker, estou intoxicado com seu texto! Difícil ficar indiferente com a forma poética com que você fala de forma tão natural de coisas que são tão comuns para nós acima da quinta década de vida. “Naquela idade em que as moças adolescem e os moços adoecem”, é digna de Guimarães, com suas liberdades linguísticas! Parabéns pelo texto.

    1. Muito obrigado Ailton.
      Fico lisonjeado com suas palavras, mas o trecho que você menciona acima não é da minha lavra. Não sei de quem é a autoria. Quem quer que seja, foi extremamente feliz ao retratar o “mal” que acometia os moços da minha geração.
      Quanto a publicar os textos, quem sabe…

      1. A frase, que caiu como uma luva em seu texto, não me parece ter um autor para reclamá-la. Creio ser de domínio público e, como lhe disse, perfeita no contexto!

  4. É meu amigo, a gente era feliz e não sabia mesmo. Chegou a tomar sorvete no Ted’s, do lado do cine Jacques?
    Estadual central não tive o privilégio de estudar lá, mas minha filha teve e foi um aprendizado muito grande pra ela, conseguiu passar na UFMG na primeira tentativa. Muito bacana esse artigo, é sempre uma viagem maravilhosa. Abraços

    1. Sim Mário, o sorvete do Ted’s era muito bom… huuuum!
      E o ensino do Estadual Central era ‘de primeira’. Eu também passei na primeira tentativa para o curso de Engenharia da UFMG, sem fazer cursinho!
      Grande abraço!

  5. Walker para os colegas que veem em você um grande contista e escritor. Parabéns e quando compilar todo este material em um livro, gostaria de comprar.

    1. Obrigado pelas palavras de incentivo Rennó.
      Vamos caminhando por aqui até enxergar aonde nos vai levar esta estrada.
      Abraço!

  6. Muito bacana o texto. Realmente caminhamos muito. Mas falar do cine jacques com o filme os canalhas, foi no fundo do Baú. Bons tempos. Podíamos sair sem perigo e tudo era festa.

    1. Isso mesmo. Tudo era festa. Até mesmo assistir filmes do tipo “Os canalhas” com o impagável Jece Valadão.
      Bons tempos!

  7. Walker sempre Walker!

    Que maravilha!!

    Cheguei em BH, vindo de Goiás, em 71!

    Fui para o Padre Machado onde conheci o nosso querido Pança (Hermont) e somos amigos até hoje, assim como você 2 anos depois (no CP 73).

    Prossigamos Amigo pois nossas caminhadas serão eternas!! E haja chão…!

    Mas o chão não deixa esquecer , nunca, aquele “acidente ” fatídico na Boite People na Savassi…kkkkkkk

    Abraços Amigo e continue com esta mente fertil nos enviando leituras agradabilíssimas!!

    Forte Abraço!!

    Hollanda

    1. Caro Hollanda,
      Você tem razão, nossas caminhadas vida afora serão eternas porque o chão – a base – é a amizade sincera.
      “Acidentes” de percurso acontecem para nos aproximar ainda mais.
      Grande abraço!

  8. Olá, José Walker. Muito bonito texto, como sempre. Estudei no Dom Silvério desde o 1º ano primário até o 3º científico. Morava a dois quarteirões do Dom Silvério. Andava mais pelo São Pedro, Savassi, Carmo. Mas me lembro bem do “Getúlio Vargas” , do canal da Professor Moraes, do brejo do Mackenzie. E das padarias Savassi e Lavras, com fornos a lenha. Grande abraço.

    1. Obrigado Eduardo.
      Que legal, né? Você não andava pelos lados do Estadual Central, mas lembrou-se de lugares tão interessantes quanto os que mencionei no texto, inclusive alguns que eu não conheci naquela época, como o brejo do Mackenzie.
      Valeu demais!

  9. Sensacional Zé Walker! As palavras quase nos transportam para o seu momento nostálgico!
    Para quem é de Belô fica fácil acompanhar sua antiga trajetória pelos nomes das ruas e praças.
    Não vivi nessa época mas tenho a impressão que era bem mais divertido e mais tranquilo do que os tempos modernos!
    Grande abraço

    1. Olá Rafael. Muito bom te ver por aqui.
      Obrigado pelas palavras de incentivo. Que bom que através do texto você acompanhou a minha trajetória pela Belo Horizonte daquela época.
      Grande abraço!

  10. Excelente artigo!! Sempre muito bom reviver e rememorar épocas e monumentos que foram tão importantes para a história de Belo Horizonte, e não só fez parte, como marcou a vida de milhões de Belo Horizontinos e pessoas vindas do interior ou de outras partes do Brasil para desfrutar desta linda Capital.

    1. Obrigado Fabíola.
      Muito bom saber que você reviveu um pouco da história de Belo Horizonte ao ler o artigo.
      Um grande abraço e até a próxima!

  11. Maravilha de crônica José Walker, sempre aguçando as nossas recordações, uma delícia! Quanta saudade! Ao lado do cine Jacques tinha o Teds, e que após as matinês, era de lei, traçar um “cachorrão com fritas”! Após deliciarmos com a sua crônica é muito gostoso ler os comentários, pois cada um descreve a sua lembrança, trazendo novas histórias e ampliando mais ainda o que vc escreveu! Um grande abraço!

    1. Obrigado Luiz Henrique.
      Não me lembro do “cachorrão com fritas”, mas do TED’s eu me lembro bem.
      Quanto aos comentários, você tem razão. Como eu já disse em outra oportunidade, são a cereja do bolo.
      Grande abraço!

  12. É muito bom “bater pernas” por BH na sua companhia. Muitas lembranças, muitas saudades dos tempos passados. Gostei muito, parabéns.

    1. Que bom que você gostou Vera.
      Eu é que agradeço a sua companhia. Seja sempre muito bem-vinda.
      Um grande abraço!

  13. Como sempre, viajei no tempo…belas lembranças, inúmeras recordações, saudades de um tempo alegre, leve e feliz…só não sei como a gente conseguia andar tanto a pé…rsrs

    1. Obrigado Anaide.
      Que bom que você viajou comigo e se recordou dos bons tempos de outrora.
      Até a próxima.

  14. Caro Walker,
    Belo conto e, mais uma vez, me fez viajar pelo tempo e encontrar as ruas e lugares da minha adolescência. O chinês em frente ao Jacques e suas esfirras, a paquera inocente na saída do Colégio Sacre Couer, muito bem referenciada pelo Tavinho Moura (Tavito?) e não muito raro, e com a permissão de nosso farto tempo, uma esticada na Galeria do Ouvidor fechava as nossas despreocupadas tardes belohorizontinas.
    Um abraço.

    1. Obrigado Afrânio.
      Não me lembro do chinês das esfirras em frente ao Cine Jacques. Quanto a canção que faz referência às paqueras na saída do Sacre-Couer, me lembro bem: “no muro do Sacre-Couer, de uniforme e olhar de rapina, nossos bailes no clube da esquina, quantas saudades”. Chama-se “Rua Ramalhete” e não é de Tavinho Moura e sim do Tavito.

  15. Parabéns José Walker! Uma crônica que nos apresenta, com propriedade, o cenário juvenil em BH .

  16. Essa parte: “Colégio Sacre Couer de Marie, de onde irrompiam, após o término das aulas, as colegiais mais lindas de Belo Horizonte. Naquela idade em que as moças adolescem e os moços adoecem” descreve, muito bem, todo nosso esforço em admirar (e quem sabe, namorar) aquelas beldades, às vezes julgadas inatingíveis.
    Parabéns!
    Abraços.

    1. Obrigado Max.
      Você tem razão. Bem que nos esforçávamos, mas aquelas beldades eram não às vezes, mas quase sempre inatingíveis.

  17. José Walker, meu caminho nesta época era outro. Saia do Calafate, de ônibus ia para o centro – Rua Carijós enfrente as Lojas Americanas – seguia para a Rua Curitiba em direção a Av. Afonso Pena onde pegava o ônibus para o Bairro S. Francisco, onde ficava o Colégio Militar, no ginásio a maioria dos veículos eram “jardineiras”, o ponto final era no pátio do colégio. Nosso contato com colégios femininos eram com o Colégio Municipal, principalmente o da Lagoinha, e o Instituto de Educação. Acordava às 05:30 hs para estar em forma as 06:45hs; retornávamos às 12:30, chegando em casa por volta das 14:00hs. Era duro o batido. Estas lembranças vieram a minha mente por suas descrições dos deslocamentos para o Colégio Estadual Central. Tenho muitas saudades deste tempo. Sempre fui péssimo no futebol e basquete, ruim no vôlei, meu esporte desde os 13 anos foi o judô, onde destaquei vencendo vários campeonatos ou ficando entre os três melhores. Época divertida e alegre. Adorava o desfile de 07 de setembro, principalmente as paqueras após o desfile.

    1. Bons tempos, hein Walmir? O batido foi duro, mas no final das contas você conquistou a maior parte de seus objetivos. Se você fosse craque no futebol, no basquete e no vôlei como foi no judô seria o melhor dos mundos, mas aí não sobraria para mais ninguém (rsrs).

  18. Boa noite José. Hoje parei pra visitar seu blog. Me fez lembrar da minha infância, adolescência, que delícia de tempo. Eu era bem moleca, gostava de brincar na rua e naquela época as famílias tinham mais filhos, então, quando brincávamos de roda ela ficava quadrada, de uma calçada até a outra de tanta criança. Estudava no Santa Marcelina, só meninas, que era em frente ao colégio São Paulo que era só de meninos.
    Havia àquela paquera de longe. Sorrisos, troca de olhares…
    Hoje até isso mudou.
    Gostei de lembrar das minhas histórias.
    Continue escrevendo. Você tem bastante sensibilidade e sabe colocar isso no papel. Um abraço.

    1. Obrigado Maria de Fátima.
      Que bom que você gostou e se lembrou de sua infância e adolescência. Melhor ainda porque se dispôs a compartilhar conosco as histórias dessa fase tão marcante da sua vida.
      Grande abraço!

  19. “Naquela idade em que as moças adolescem e os moços adoecem.” Kkkkkk
    Gostei disso, mas o que mais me fez deliciar nesse seu texto foram os trajetos que você muito bem descreveu, pois eu os fiz várias vezes naquele tempo também. Recordar é viver!!!
    Forte abraço amigão!

    1. Valeu Eduardo.
      Tempos bons aqueles, não? Andávamos pra cima e pra baixo. Não tinha tempo ruim.
      Forte abraço e até a próxima!

  20. Boa noite, meu amigo!
    Colégio Estadual Central, quantas lembranças.
    Estudei lá, de 1966 a 1970, quando fiz o primeiro científico (em 71 e 72, estudei no Loyola, onde finalizei o segundo grau).
    Grandes professores, a praça de esportes, política estudantil, liberdade, muitas experiências.
    E lembranças de todo tipo, das alegrias das descobertas, das grandes festas, até sermos invadidos por militares, em 68, sofrendo com o gás lacrimogêneo, tendo que estudar sob a mira de metralhadoras.
    E os caminhos, o ir e vir.
    Da minha casa, era fácil. Andar 100 m, pegar o Getúlio Vargas, 23, na Carandaí. Na volta, o 27, e descer na Padre Rolim, com Brasil, mais 100 m até estar em casa.
    Mas, muitas vezes, fiz o trajeto para o Centro. Geralmente, eu preferia a Rio de Janeiro, até o Jacques, o Ted’s, toda a animação do Centro. A São Paulo, com o “canal”, ficava para umas poucas vezes, quando íamos para a casa de um colega, na Augusto de Lima, com São Paulo.
    Acho que consigo me lembrar de muito, daqueles caminhos.
    Mas foi o seu texto, que me levou de volta, rua após rua, casa após casa.
    Grande abraço

    1. Obrigado Vinício.
      Foi uma época mágica, não é mesmo? Houve contratempos, mas soubemos levar adiante os nossos ideais.
      Em 1968 eu cursava o último ano de ginásio no Estadual da Serra. Me lembro que fazia curso de inglês no ICBEU, que ainda funcionava na Praça Afonso Arinos, e voltando para casa à noite com minha irmã devemos ter passado por alguma zona de conflito (descíamos a rua Timbiras em direção ao ponto do Serra), pois tivemos que nos proteger de um ataque de gases lacrimogêneos. Eu tinha 14 anos. Nem sabia o que estava acontecendo.
      Quanto ao Getúlio Vargas, não me lembrava do 27. Para mim, só existia o 23. Vivendo e aprendendo.
      Grande abraço!

  21. Muito bom lembrar das histórias de antigamente, rs. Apesar de mais novo, eu também pegava o Getúlio Vargas, depois virou o SC02, amarelo, rs. Fico com pena das crianças de hoje não desfrutarem desse prazer. Será que celular ou tabletes dão as mesmas emoções?? Com certeza não. Passei minha infância e adolescência na escola ou na rua, era muito bom…

    1. Se você também pegava o Getúlio Vargas, é sinal de que não é tão novo assim (rsrs).
      Mas o que importa é que vivemos intensamente a nossa adolescência, não é mesmo?

  22. Olá José Walker!

    Também estudei no Colégio Estadual Central no período de 1966 a 1972 (ginásio e colegial)! Este ano faremos 50 anos de formados no ensino médio! Em 1973 iniciamos o ensino superior! Sim, muitas lembranças e saudades!! Estou aprendendo a ressignificar a palavra saudade: só temos saudade de tempos bons, coisas boas, pessoas queridas. Assim, não há melancolia nem nostalgia, há somente alegria e prazer em lembrar deste anos de muita agitação! Este assunto merece novos textos. Grande abraço!!

    1. Olá Alberto.
      Então fomos contemporâneos no Estadual Central. Estou impressionado com o número de amigos que lá estudou na mesma época. Era, de fato, um senhor colégio.
      Estou de pleno acordo em ressignificar a palavra saudade. É o que venho tentando fazer aqui ao recordar os bons tempos de outrora.
      Grande abraço!

  23. Zé Walker. Voltei no tempo, puxa colégio estadual, Sacre Couer de Marie, garotas, educação física e futebol. Isto deu uma saudade do nosso bairro da Serra, do Olímpico e principalmente da ACM. Saudades. Parabéns pelo artigo.

  24. Oi Zé.
    Vejo que a beleza da literatura está sempre presente em uma alma boa.
    Abraços.

  25. Mais um texto muito legal. Você remexe o nosso passado. Meus irmãos estudaram no Estadual. Eu, no Santo Antônio. Mas joguei muita bola em frente à parte de baixo do Colégio Estadual, na Rua Felipe dos Santos. Na rua mesmo. O primeiro que via um carro se aproximando gritava: “olha o carro”. E a partida ficava automaticamente suspensa até a passagem do carro. Também descia muito a Rua São Paulo, já que morava na Av. Álvares Cabral esquina com Curitiba. Me lembro bem do Córrego do Leitão a céu aberto. Muito bom você nos fazer reviver esta fase boa de nossas vidas. Um abraço para o uberabense que escreveu aí em cima. Meu pai é de lá. Um grande abraço para você!

    1. Que legal o seu comentário Miranda. Ilustra bem o que vivemos naquela época. As peladas eram jogadas na rua mesmo e quando havia “perigo de gol”, os carros é que tinham esperar. O dono da bola tinha lugar garantido em qualquer time, nunca no gol. Falta? Que nada, o que prevalecia era a lei do mais forte.
      Saudade!

  26. Que história bacana! Me fez reviver o meu passado. Estudei no Colégio Municipal São Cristóvão. E, logo, após, Municipal Marconi. Não se misturavam mulheres com homens. Era outra época. Enfim, fui muito feliz…”.tempo bom, não volta mais….”

    1. Obrigado Denise.
      Bom saber que através do artigo você reviveu um pouco do seu passado.
      Tenho alguns amigos que estudaram no Municipal São Cristóvão.

      1. Sim, o Colégio Municipal era muito parecido com o Colégio Estadual central em seus regimes. Já participei de muitos campeonatos contra o Estadual Central, Imaco, ( Já extinto), e Loyola.

  27. Fala Zé!? Parabéns pelo belo texto e pela nova profissão, quem venham novas histórias. Forte abraço!!!

  28. Adorei a sua historia da juventude José Walker, grande caminhante, com lindas fotos do Colégio Estadual, do Sacre-Couer de Marie e do Cine Jacques!! Sucesso sempre Amigão!!!

  29. Como sempre, muito bacana seu relato, Zé! Nos faz vivenciar a sua experiência através da escrita!!! Que aventura, hein? Época muito boa essa, sem preocupação alguma! Parabéns!!!
    Beijos de sua irmã,
    Luciana

    1. Obrigado Luciana.
      Era uma época muito boa mesmo. Não é que não tínhamos preocupações. Na verdade, a gente procurava logo esquecê-las através dos bailes da vida, do futebol, das amizades.

  30. Começou o 22 muito bem, Zé, conhecí um pouco mais, através do seu relato, pois até o ano de 1977, morava em Curvelo, que ao contrário de Belo Horizonte, é uma cidade super plana e o colégio que eu estudava, Instituto Santo Antônio, comandado por freiras, ficava a menos de cem metros de onde eu morava.
    Mas, muito bom que, através dos seus relatos, descubro curiosidades, que até então, não conhecia.

    Obrigado e um grande abraço.

    1. Valeu Eduardo.
      Bom saber que através do blog você vai conhecendo histórias de BH que não conhecia.
      Grande abraço!

  31. Zé Walker.
    Sempre antes de iniciar a leitura dos seus textos, me sinto a bordo da máquina do tempo!!
    É como fechar os olhos e me sentir guiado pela narrativa, rumo aos pontos citados, revivendo uma fase tão maravilhosa da vida.
    Grande abraço!!
    Feliz 2022 e fico no aguardo da próxima viagem ao passado!!!

    1. Valeu Bastos!
      Bom demais ter a sua companhia nesta viagem.
      Um forte abraço e até a próxima.

  32. Caro, fazia algo semelhante, mais em sentido inverso, pois morava na Barroca. Mas as caminhadas pela Savassi, Praça da Liberdade e centro eram comuns em nossa turma.
    Velhos tempos que não voltam mais fisicamente, mas sempre com os seus textos que sempre nos fazem refletir e voltar ao passado. Grande abraço.

    1. Obrigado Alberto.
      É isso aí. Naquela época não perdíamos a oportunidade de caminhar. Hábito que cultivamos até hoje, não é mesmo?
      Um grande abraço!

  33. Embora nesta época vivia em outros lados da cidade, a história é a mesma e alguns lugares também. Eu vivenciava o Colégio Anchieta. Parabéns mais uma vez e continue.

    1. Obrigado Ávila.
      Na Serra ou no Caiçara, o importante é que vivemos intensamente aquela época. E trouxemos boas recordações!
      Grande abraço!

  34. Bom dia José Walker. Mais uma vez brilhante. Ler seus textos é viajar no tempo, sempre com uma narrativa própria, suave e precisa. Obrigado por nos proporcionar essas maravilhas. Forte abraço.

  35. José Walker, voltei no tempo! Eu morava perto do Estadual Central e estudava no Colégio Assunção que ficava acima do Sacre-Coeur. O ônibus Getúlio Vargas foi o meu transporte por anos. Quantas lembranças maravilhosas você trouxe à tona. Obrigada por compartilhar saudades de uma época preciosa. Um abraço, Lígia.

    1. Eu é que agradeço Lígia.
      Então, você estudou no Assunção. Curioso é que não me lembro das saídas das alunas do colégio. Será que as freiras de lá eram mais rigorosas que as do Sacre-Couer? Ou quem sabe os colégios eram tão próximos que nós, os moços, ficávamos perdidos diante de tanta formosura?

  36. Jose Walker e sua pena delicada sempre nos encantando com as crônicas. Saudades dos tempos do Colégio Estadual, onde estudei de 69 a 71. Belíssima foto!
    Ei tinha que pegar dois ônibus – Sta. Efigenia até o Parque Municipal e o Santo Antônio, que tinha ponto na rua Rio de Janeiro. Eram tempos mais alegres e mais simples!!

    1. Obrigado Zé Mário.
      Então empatamos. Eu também fiz o científico no Estadual Central de 69 a 71.
      Bons tempos. Repare na Vemaguete e na Rural Willys estacionados embaixo do auditório.

  37. José Walker. Bela narrativa . Sempre morei na serra. Tínhamos uma mercearia próximo ao Estadual da Serra. Os alunos frequentavam. Uniforme cinza e blusa branca.
    Fiz o científico no aplicação.

    1. Obrigado.
      Havia algumas mercearias nas proximidades do colégio. Lembro-me dos Manetta (Ouro com Trifana), dos Salum (Ouro com Caraça) e uma que havia na rua Trifana, entre Oriente e Ouro.

  38. Adorei Ze. Vc como sempre nos envolve em suas crónicas . Esse Colégio Estadual tem muitas histórias. Parabéns.

    1. Muitas! Pena que o espaço seja tão exíguo para tanta história. Mas no final das contas acaba sendo bom: sobra espaço para as histórias dos amigos.
      Obrigado pela companhia!

  39. Achei magnífico o relato de suas lembranças da juventude, juventude sadia. Me fez viajar no tempo, maravilhoso. Parabéns

    1. Obrigado Silvânia.
      Você tem razão, tivemos uma juventude sadia. Só com muito gás é que dávamos conta das caminhadas, do futebol, dos bailes de sábado à noite.
      Saudade!

  40. Fantástico meu amigo. Mais uma vez relembrei os velhos tempos…vc escreve muito bem. Li p a minha esposa Alineve ela ficou maravilhada. Continue escrevendo e alegrando a todos. Vc é top!!!!

    1. Muito obrigado Tanuri.
      Que bom que você relembrou os velhos tempos. Melhor ainda é saber que compartilhou o texto com a esposa e ela também gostou.
      Valeu!

  41. Meu caro amigo. Não fiz parte (infelizmente) deste colégio que sempre foi um ícone para BH.
    Adoro ler suas crônicas pois, embora não estudasse no Estadual, vivi intensamente esta época.
    Um grande abraço.

    1. Valeu Bayão.
      O Estadual marcou a vida dos que por lá passaram, como eu. Mas, como você bem lembrou, também vivia-se intensamente fora dos muros colegiais. Talvez até mais.
      Grande abraço!

  42. Oi Zé,
    Que beleza de crônica!
    Me deu saudades daquele tempo, que como você disse: “eramos tão felizes e não sabíamos.”
    Cada vez você se aprimora na arte de descrever as suas, as nossas aventuras em BH.
    Beto leu e adorou. Momentos
    preciosos de nossas vidas.
    Parabéns, Zé.

    1. Obrigado Márcia.
      Que bom que você gostou e o Beto também. Ele fazia parte da turma do futebol a que me refiro no texto. Como você mesmo diz, foram “momentos preciosos de nossas vidas”.
      Grande abraço, extensivo ao Beto.

  43. Oi Zé, adorei seu artigo, como sempre com muitos detalhes… agora sim vc revelou o seu gosto pelas caminhadas e graças a elas que em cada artigo novo temos um novo olhar para tantos pontos importantes da nossa cidade, que vão reavivando na nossa memória. Parabéns!!!

    1. Obrigado Glória.
      Muito bom saber que através dos artigos que escrevo BH vai, aos poucos, se revelando. É exatamente esse o meu objetivo.
      Abraços!

  44. José Walker, boa tarde!
    A narrativa das andanças e peripécias me levou à
    Uberaba (cidade na qual vivi experiências assemelhadas). A topografia lá não difere, em nada, da daqui e, então, diuturnamente, morro abaixo/ morro acima em direção ao Colégio Marista Diocesano.
    Morávamos no Bairro de São Benedito ( Bairro da colônia libanesa ou dos turcos, como éramos desdenhosamente chamados).
    O Colégio ficava e permanece no longínquo Bairro das Mercês e inexistia transporte urbano.
    A diferenciar e lamentar, a inexistência de um colégio, de moças bonitas, no trajeto e que nos fizessem “adoecer”.
    Por fim , parodiando a Patrícia Castro, adquirimos o gosto por caminhadas e corridas , né Zé Wanderley?
    Ah, o teor lírico do ” escriba ” permanece imbatível.
    Saúde e até, Samir.

    1. Valeu Samir. Obrigado por compartilhar conosco suas experiências de adolescente.
      Não sabia que Uberaba é tão acidentada quanto Belo Horizonte. Se for assim, imagino que suas caminhadas por lá tenham sido semelhantes às minhas aqui em BH, onde o que não falta é ladeira pra subir e descer. Uma pena que não houvesse colégio de moças bonitas no trajeto, não é mesmo?

  45. Prezado Zé Walker. Estranhei um artigo sobre caminhadas em BH pq está chovendo desde o ano passado. Lendo o artigo percebi que o assunto era de vidas passadas, kkk. Eu não estudei no Estadual mas um irmão estudava lá. Eu assistia os torneios de futsal e mais tarde frequentava as famosas festas juninas. Pelos comentários aqui a gente percebe que todos na nossa época tinham que gostar de andar a pé ou então ficavam em casa, pq o transporte naquela época era muito precário. Alguns de nós seguiram com a caminhada pela vida afora e você, além disso, ainda virou um cronista que descreve as belezas da nossa BH, aliada ao exercício físico. Parabéns.

    1. Obrigado Rubens. Beleza de comentário.
      Com essa chuvarada tá difícil caminhar e, por conseguinte, escrever sobre caminhadas que não sejam de “vidas passadas” (rsrs).
      Pelo visto, você aproveitou a carona do irmão e curtiu bastante o colégio naquela época. Fez muito bem.
      Não sei se o transporte público era tão ruim. O que sei é que sempre que tinha oportunidade eu preferia ir a pé.

  46. Será que fomos colegas no Estadual Central também ? Estive lá nos anos 70, 71 e 72. Mas desde aquela época, tínhamos um grupo de colegas de estudo onde falávamos: “um dia vamos morrer de saudades desses dias – somos felizes e sabemos”. Kkkkkkkk

    1. É provável que tenhamos cruzado por lá nos anos de 1970 ou 1971, meu último no científico.
      Você tem razão: éramos felizes e sabíamos.

  47. Maravilha Zé! Terminamos o ginásio na Serra em 71 e fizemos o Central em 72/73/74, eu, o Marcus e o Márcio. Nos últimos anos já íamos de carro. O Márcio Fittipaldi saía bruscamente da Contorno no seu fusca, e estacionava a exatos 10cm do meio fio da Fernandes Tourinho. E as meninas do Sacre Coeur, do Olímpico e dos Dominicanos eram mesmo as mais lindas do planeta.

    1. Maravilha digo eu Mourão.
      A história de vocês é muito parecida com a minha. Apenas 3 anos de diferença. Praticamente a mesma época. E nessa história não podia faltar algum relato de aventura com o fusca, não é mesmo?
      Saudades!

  48. Interessante o texto combinando as lembranças da década de 60 com a caminhada. Retrata a história da nossa cidade.

    1. Obrigado Vânia.
      As lembranças da BH da década de 60 são inesquecíveis. Combinadas com boas caminhadas então, nem se fala.

  49. Amigo José Walker, mais uma bela crônica! Parabéns! Vivi as experiências dessa época no interior, mas mesmo assim, com a riqueza do seu texto, recordei-me das minhas “aventuras” com muita satisfação.

    1. Obrigado Fakuri.
      O importante é que vivemos muitas aventuras naquela época, não é mesmo? E trouxemos boas recordações.

  50. Ricas recordações. Não conheci a Belo Horizonte dos anos 60 e esse relato leva a imaginação da gente para aquela época com detalhes muito interessantes. Parabéns por conseguir externar sua sensibilidade e compartilhar conosco.
    Abraço grande

    1. Obrigado Lauro.
      Fico feliz em saber que através do meu relato consegui transmitir uma ideia, mínima que seja, do que foi a Belo Horizonte dos anos 60.
      Um grande abraço e até a próxima.

  51. Boas lembranças Zé. Minhas caminhadas eram sempre da Sagrada Família para a Floresta no 4° ano ginasial. Depois no cientifico era até o centro, isso no 1° ano. Depois era estudar à noite no Col. Anchieta e trabalhar de dia. Boas lembranças que ficaram.

    1. Bacana Wanderley.
      Que bom que você apareceu por aqui. Melhor ainda porque trouxe na bagagem um pouco da sua trajetória de estudante para compartilhar conosco.
      Valeu!

  52. Caro José Walker,

    Suas caminhadas te levam para as suas recordações e aí eu sempre pego uma carona!!!

    E como é bom recordar desta fase de juventude nossas vidas….Só alegrias, boas amizades e muitos sonhos.

    Obrigado por poder repartir com voce das suas deliciosas caminhadas.

    Um abraço e até a próxima.

    1. Maravilha Edson.
      Seja sempre muito bem-vindo. É um prazer compartilhar com os amigos as minhas histórias.
      Forte abraço!

  53. Adorei a riqueza de detalhes ; deu para sentir a leveza da sua juventude ! Numa época um pouco depois eu também trilhava a pé a Rua Pium-I e Rua Montes Claros em direção ao Colégio Dom Silvério ; uma rotina saudável por 8 anos onde o retorno para casa na hora do almoço me exigia coragem … montanhas de Minas nosso eterno cenário !! 🌄

    1. Bom te ver por aqui Maria do Carmo.
      Obrigado por compartilhar as recordações da sua juventude. Tempo mais que perfeito para caminhar e curtir a vida nesses belos horizontes de Minas.

  54. Bom dia amigo. Bons tempos, nasci no Bairro Santa Teresa e curti muitas coisas parecidas, minha irmã estudou no estadual na mesma época e suas lembranças me fazem viajar no tempo. Parabéns por compartilhar sua história, fico feliz. Grande abraço!

    1. Eu é que agradeço Ricardo.
      Que bom que você gostou e viajou comigo neste episódio.
      Grande abraço e até a próxima!

  55. Ótima recordação.
    Estudei no Estadual Central e jogava vôlei todos os dias, dps descia Rua São Paulo até Praça Raul Soares com meus amigos Maurício e Luís. Eram 22 quarteirões contados diariamente. De lá dividíamos cada um para sua casa, todos a pé.
    Meu pai trabalhava na Rádio Inconfidência na época ao lado do Estadual Central, na Rua São Paulo e de vez em quando aparecia uma carona de Vemaguete de um colega de trabalho dele até o centro.
    Era feliz e não sabia!

    1. Boas lembranças! Eu e meus irmãos estudamos la! Estudar no Central era um orgulho! Tenho amigos até hj .saudades demais!

  56. Estudei no estadual de 65 a 69. Muitas saudades daquela rampa que as meninas subiam segurando as mini saias. Muita caminhada todos os dias, morava no Alto da Barroca e ia para casa a pé. As vezes passava por Lourdes para assistir os treinos do Atlético. Boas lembranças.

    1. Bons tempos, hein Jader?
      Bem lembrado. Nos anos 60, as minissaias faziam a cabeça da rapaziada. E as rampas do Estadual Central ajudavam!

  57. Caro Walker,
    Belas caminhadas pelas lembranças de tempos de vida plena.
    Felizmente temos um artista das palavras para nos transportar pela memória.
    Seus escritos são pura arte.

    1. Obrigado Ronaldo.
      Bom demais ter a sua companhia aqui no blog e saber que estou atingindo o meu objetivo.
      Valeu!

  58. Zé acho que meu gosto pelas caminhadas nasceu da mesma forma que vc relatou. Nossa geração já andou bastante e graças a elas trazemos no coração as mais belas lembranças! Adorei ler seu texto!
    Parabéns!!

    1. Muito obrigado Patrícia.
      Caminhar é tudo de bom. As boas lembranças estão aí para comprovar.

  59. J. Walker, desde sempre nas caminhadas, principalmente na nossa BH antiga. Vc lembrou do córrego do leitão: eu o atravessava, cá na ainda não existente Av. Prudente de Morais, para andar de carrinho de rolimã no “recente” loteado Luxemburgo. Boas lembranças!!

    1. Ótimas lembranças Ricardo. Minha avó materna morava na rua Bernardo Mascarenhas. Dos fundos do apartamento víamos o vale do Leitão. Só depois, em meados da década de 70, é que o córrego foi canalizado e implantaram a avenida Prudente de Morais.

  60. Que pique hein pai!
    Futebol, caminhada, baile… precisa voltar a essa programação agora que está aposentado! hahahaha
    Ótimo artigo. Keep walking!
    Beijo, te amo!

    1. É isso aí Ricardo. A gente tinha muito pique mesmo. Energia de sobra. Não sei como dávamos conta de tantos compromissos.

  61. Poxa José Walker! Que legal! Fiquei imaginando os córregos passando livres pelo centro da cidade, onde morei até 1998.
    Cine Jacques! Quantos filmes! Adorávamos ver as lindas vitrines das ruas Tupis, Rio de Janeiro…
    Que legal! Vc me fez voltar no tempo da minha adolescência…
    Grande José Walker! Sempre despertando em nós as delícias dos velhos tempos!

    1. Obrigado Frieda.
      Que bom que você voltou à adolescência ao ler o artigo. Quantas recordações, não é mesmo?

  62. Caro Zé! Excelente narrativa das nossas andanças na juventude! Quantas madrugadas subi a Ouro até a minha casa na Caraça/688. Quando vejo essa moçada pra andar dois km pedindo uber, fico pensando o quanto eles perdem nas passadas contemplativas. Forte abraço

    1. Obrigado Ângelo.
      Saudade daqueles tempos! Mesmo que tivéssemos tomado umas cervejinhas a mais, chegávamos sóbrios em casa. Além da rua do Ouro, ainda tínhamos um bom trecho da rua Caraça a subir, não é mesmo?

  63. J. Walker, começando muito bem a temporada de crônicas 2022! As caminhadas pelas ruas e avenidas de BH realmente nos inspiram e os seus textos revelam os detalhes que passam despercebidos às vezes.

  64. Caro amigo Zé Walker,
    Não lembro de vc no Estadual Central, mas sim na Escola de Engenharia da UFMG. Mas desci muito a Rua da Bahia em companhia de meu colega, amigo e conterrâneo Juarez Moreira, grande musico do Clube da Esquina. Foram as mesmas caminhadas durante 3 anos do Colegial (1970-1972). Boas lembranças!!

    1. Bacana Roberto.
      Estudei lá de 1969 a 1971. Portanto, sempre um ano à frente de você. Talvez por isso não tenhamos nos conhecido na época.
      Sou fã do Juarez Moreira, um dos maiores violonistas que temos por aqui. Gosto especialmente da música “Baião Barroco”. Lindíssima!
      Grande abraço!

  65. Caro amigo Zé Walker!
    Boas lembranças. Parabéns pelos bons relatos. Nesta época eu também era um caminhante. Recém chegado do interior fui estudar no Colégio Pitágoras e morava na rua da Bahia ao lado do viaduto Santa Teresa fazia o trecho a pé. A namorada era do Santo Antonio subia Bahia de ônibus e muitas vezes voltava a pé.

    1. Bons tempos, hein Zé Otávio?
      Andávamos pra lá e pra cá o tempo todo. Para quem veio do interior, como você, não existe melhor maneira de conhecer a cidade.

  66. José Walker, boa tarde!
    Muito bom saber da sua história de caminhada! Você foi um privilegiado ao fazer estes trajetos, caminhando da sua casa para escola e vice-versa.

    1. É isso aí Ronaldo.
      Caminhar é tudo de bom. Tanto que continuo até hoje e não pretendo parar tão cedo.

  67. Caro Zé Walker, ótimas recordações que são trazidas por você, para acalentar nossos corações e mentes. E nós, seus apreciadores, ficamos sempre na expectativa de novas crônicas que você tão bem descreve das antigas, mas sempre atuais, das particularidades e dos registros pitorescos da nossa BH.

    1. Obrigado amigo Murilo.
      Com essa chuvarada e a impossibilidade de caminhar, o jeito é falar de caminhadas passadas. Que também contam, não é mesmo?

  68. Nós TB. Bairro do prado, andamos a pé até o centro de BH, ou na Savassi ou Santa Efigênia, num bar para tomar aquela batida de 🍋.
    Realmente éramos felizes demais, no prado tinha a ultima pelada de futebol do ano no dia 31 e a primeira do dia 1 de janeiro,era jogado na rua. Legal demais.
    Grande abraço p.vc.e sua familia. Ótimo artigo, gostei demais.

    1. Que beleza Mário!
      Obrigado por compartilhar suas lembranças da adolescência no Prado.
      A última pelada do ano, no dia 31, devia ser bem concorrida. A de 1° de janeiro, sei não (rsrs).

  69. Não peguei essa época, obviamente, mas imagino o quanto devia ser bom caminhar por aí, tranquilo, sem muitas preocupações.
    Deu pra imaginar que você andava muito mesmo hehe
    Boas lembranças, hein pai?

    1. Sim Gui, boas lembranças!
      Aproveitei bastante essa época. Batia perna pra todo lado, incansável.

  70. Caro José Walker,
    que boas lembranças! Durante 5 anos fomos colegas no Estadual da Serra e depois no Central. Quantas peladas! Nosso time do Jeriflafa, lembra? Morávamos no Carlos Prates e do centro para o colégio na Serra íamos de troleibus.
    Tenho também ótimas lembranças desse tempo, que você descreveu com o brilhantismo de sempre.
    Um abração.

    1. Obrigado Tonho.
      É claro que me lembro do nosso time. Era imbatível nas peladas (rsrs).
      Me lembro também, com saudade, dos bons tempos de colégio, tanto no Estadual da Serra, quanto no Estadual Central.
      Um grande abraço!

  71. Oi Walker, não estudei no Estadual Central. Ele era reserva de mercado pra filhos de gente importante e cheio de alunos que, posteriormente, se tornaram meus amigos no Minas Tênis. Eu era um humilde morador do Carlos Prates, bairro onde morávamos. Mas fiz a pé, como você, o percurso entre o Colégio Santo Agostinho, que continua no mesmo endereço da Av. Amazonas, e o velho endereço nosso. Foi uma época feliz como a sua. Andávamos a pé o tempo todo, inclusive pelas ruas da cidade, em busca de endereço para as serenatas das madrugadas de uma belo horizonte que não existe mais. Não fique triste. A geração atual, dentro de 30 anos, vai dizer que a Belo Horizonte de hoje era uma época que também não existirá mais.

    1. Caro Perktold.
      Tanto o Estadual, quanto o Santo Agostinho eram referências de ensino naquela época.
      No meu caso, fui parar no Estadual Central, porque havia feito o ginásio no Anexo Serra e tive assegurada a minha transferência.
      De qualquer maneira, o importante é que soubemos aproveitar aquela época “em que andávamos a pé o tempo todo”. As musas a quem destinávamos as nossas serenatas que o digam.

  72. Amigo José, bom dia! Aqui de Guaratuba PR, leio seu texto sobre realidades que vivi em BH, estadual central, o melhor colégio. Viver livre e feliz. Sempre faz muito bem.

    Abraço.

    1. Obrigado Juarez. Fico feliz em saber que ao ler o texto você se lembrou dos bons momentos vividos aqui em BH.
      Abraço!

    2. Bacana, Juarez!
      Você também está aí a caminhar com os pés do Zé, muito legal, não?
      No seu caso, refazendo os mesmos caminhos.
      Abraços aos dois.

      1. É isso aí Mário.
        Se for assim, o Juarez anda caminhando com os meus pés há um bom tempo. Ele é frequente aqui no blog desde sempre.
        Grande abraço!

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