Férias de novembro. Uma semana em Morro de São Paulo, uma semana em BH.
A temporada baiana foi ótima. Sol de primavera, praias de cinema, passeios de barco, muita sombra e água fresca e a adorável companhia da Lude.
Mas a semana em BH também foi legal: segunda e terça caminhei na pracinha do bairro; quarta na rua Sapucaí; quinta no Parque Municipal; sexta na Praça da Liberdade e domingo na avenida dos Andradas.
Pulei o sábado, né? Foi sem querer, querendo. Modo de palavrear um pouco mais com vocês. Espichar assunto. E o que não faltou naquele dia foi assunto…
Tudo começou na cama. Acordei pensando hoje vou caminhar num lugar diferente. Tomei café, troquei de roupa, escovei os dentes e nada de lugar diferente. Calcei o tênis e aquilo martelando na minha cabeça, martelando, martelando até que me veio a inspiração.
Sai de casa em dois tempos e em menos tempo ainda cheguei ao meu destino, a esplanada da Praça da Estação. Terreno plano, pavimento sem defeito, fluxo de pedestres quase nenhum. Perfeito!
Esplanada da Praça da Estação (Foto: Cristiane Mattos / O Tempo)
Foram 50 minutos de caminhada, quase uma hora de puro prazer. Passos ritmados, eu seguia a plenos pulmões. Olhar atento, eu não perdia um detalhe sequer.
O belo prédio da antiga Estação da Central do Brasil, o jardim anexo, o Monumento à Civilização Mineira, as torres de iluminação, o calçamento das ruas em paralelepípedo. A cada volta eu me esbaldava e confirmava a assertividade da minha escolha.
Finda a caminhada, deixei-me levar até o prédio da antiga Estação e adentrei o recinto, como dizíamos os colegas do CPOR lá pelos idos de 1973. Eu estava diante do luxuoso saguão do Museu de Artes e Ofícios e não resisti à tentação de uma rápida visita.
Coisa de dez minutos, se tanto. Coisa pouca, mas suficiente para um breve passeio pelos “Ofícios do Transporte” e pelos “Ofícios Ambulantes”. Quando me preparava para ir embora, a surpresa: uma balança – acreditem – de pesar escravos.
Museu de Artes e Ofícios – Canoeiro (Foto: José Walker)
Ainda deu tempo de passar na Bagueteria Francesa, início da avenida Santos Dumont, e levar pra casa aquele que considero um dos melhores pães de BH.
Bom demais!
Foto de abertura: Pedro Vilela / MTur
Respostas de 2
Bacana, primo, embora pudesse espichar mais suas sensações. Abç
Obrigado pelo comentário.
Sugestão anotada.
Forte abraço!