Bati o olho no mapa e disse é aqui. No canto da tela, uma área três vezes maior que o Parque Municipal. Zoom: de um lado a avenida José Cândido da Silveira, do outro a rua Gustavo da Silveira. Horto Florestal, pensei com meus botões, é pra lá que eu vou.

Fui. Ou melhor, fomos. Eu e Lude, que aderiu ao programa na última hora.

Só que eu estava desatualizado. O Horto Florestal não existe mais. Agora, o nome do lugar é Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.

Implantado em uma reserva de Mata Atlântica, o Museu possui um acervo de centenas de milhares de itens “contextualizados nas áreas da Arqueologia, Paleontologia, Geologia, Botânica, Zoologia, Cartografia Histórica, Etnografia e Arte Popular”, entre outras.   

Na entrada, o porteiro disse dez reais cada um. Apesar da receptividade do cidadão, gostei. Senti-me um jovem de 50 anos. Mas não paguei. É pra isso que serve a carteira de identidade de sexagenário, não é mesmo?

No começo, seguimos as placas indicativas. Mas logo perdemos o rumo. O que queríamos era andar a esmo, curtir a natureza, deixar para trás os rastros da cidade grande.

Deixamos. E nos embrenhamos matadentro. De repente, um pequeno lago. Pausa para escutar o silêncio do lugar, relaxar.

Relaxamos. Depois seguimos em frente, cada vez mais perdidos. No caminho, árvore de tudo que é jeito: árvore caída, árvore com raiz exposta, árvore em forma de animal, o escambau.

Árvore exótica existente na área do Jardim Botânico

Animal de verdade? Vimos também. Micos, maritacas, esquilos e outros bichos de menor envergadura. Esquivos. Ou será que estavam é se exibindo, brincando de esconde-esconde conosco?

Sei lá. Só sei que a hora do almoço se aproximava e o jeito foi seguir adiante.

De repente, uma clareira no meio da mata e uma casa antiga muito bem conservada: Centro de Referência em Cartografia Histórica. Pena que estava fechado. Só conseguimos ver alguns mapas expostos na varanda.

Instalações do Centro de Referência em Cartografia Histórica

Saímos de lá um pouco decepcionados, mas não perdemos o pique. Parece que estávamos prevendo o que nos esperava logo adiante: salas de exposição muito bem montadas nas áreas de Arqueologia, Etnografia e Geologia. Desta vez, em pleno funcionamento.

No final, o Presépio Pipiripau. Obra de vida inteira do artesão Raimundo Machado, o curioso presépio foi construído com barbantes, carretéis de linha, polias, mecanismos de relógio e acreditem, peças de radiolas e gramofones.

Presépio Pipiripau

Manhã intensa aquela. Começou de forma inusitada, com a busca de um novo local de caminhada e a adesão de última hora da Lude. Depois vieram as surpresas: a beleza do Jardim Botânico e a descoberta do Museu de História Natural.

Matamos dois coelhos de uma caminhada só!

Foto de abertura e demais fotos: José Walker

4 respostas

  1. Que legal! Adoramos fazer caminhada na avenida. Muitas árvores…
    Bom saber que o Museu está funcionando. A última vez la estivemos, estava fechado para reforma.
    Com certeza iremos conferir em breve!
    Obrigada pelas preciosas dicas! Abraços

    1. Olá Frieda.
      Bom ver por aqui de novo.
      O Museu abre de quarta a domingo, das 10:00 às 17:30 horas, sendo que algumas salas de exposições funcionam em horários especiais, conforme link abaixo:
      https: //www.ufmg.br/mhnjb/v …
      Grande abraço!

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