1ª caminhada da turma da Engenharia
Abro o zap e acesso o grupo dos colegas da Escola de Engenharia. Na tela, uma publicação do Roberto Márcio, administrador do grupo, mostrando o número de passos atribuídos a ele numa caminhada: 13 mil e uns quebrados. Comentário do colega Lúcio Souza Cruz: desse jeito você ultrapassa o Zé Walker. Foi assim, a partir de uma brincadeira, que surgiu o convite para que eu organizasse a primeira caminhada da nossa turma, que se formou em 1977 pela UFMG. O convite partiu do próprio administrador do grupo e não titubeei. Bora lá. Convocar os colegas, definir data e horário do evento, planejar o trajeto, escolher o local da confraternização. Pensei que não daria conta do recado. Mas no final… Eu acho. Cheguei ao coreto da Praça da Liberdade, nosso ponto de encontro, meia hora antes do horário combinado. Mas não fui o primeiro. Para minha surpresa, o José Roizenbruch já se encontrava por lá, animadíssimo como sempre. Logo depois chegou o Lourenço Mendes: não vou acompanhá-los, vim só rever a turma. Gostei. Enquanto conversávamos, foram chegando, um após o outro, os colegas Eduardo Lana, Ricardo Fakury, Roberto Márcio, Agnelo Pereira, João Bagno, Murilo Galizzi e Alberto Vilaça. Aí foi aquela festa. Os caminhantes no coreto da Praça da Liberdade Dez da manhã, hora da partida. Cadê o Rodrigo Dolabela? Dez e cinco, e dez, e quinze… e nada do moço. Zarpamos. Primeiro foi um giro pela praça, sentido anti-horário, a partir do Edifício Niemeyer. Curiosidades e particularidades de obras realizadas nos prédios do entorno foram a tônica das conversas. Os colegas João Bagno e Roberto Márcio nos revelaram interessantes detalhes de projeto. Concluído o giro, atravessamos a avenida Bias Fortes e o que encontramos do outro lado, em frente à Biblioteca Pública? Um evento gastro-etílico. Alguém mais afoito (ou menos afeito a caminhadas) sugeriu que ficássemos por lá, mas ainda bem que prevaleceu a vontade da maioria. E seguiu a caminhada. Passamos pela Praça José Mendes Júnior, pela Casa Fiat de Cultura e pela entrada da Prodemge na rua da Bahia. De repente… alto lá, aquele não é o Rodrigo Dolabela? Era. O colega havia perdido a hora e para não perder também a caminhada vinha no contra fluxo. Time completo, seguimos em frente. Bahia, Tomé de Souza, Levindo Lopes. Na esquina de Levindo Lopes com Antônio de Albuquerque, tomou a palavra o colega Murilo Galizzi. Contar como surgiu a “Via Albuquerque”, iniciativa do irmão Nelson Galizzi, que transformou a Antônio de Albuquerque numa das ruas mais charmosas da Savassi. Murilo Galizzi explicando aos colegas como surgiu a “Via Albuquerque” Terminada a explanação, seguimos em direção ao Colégio Estadual Central, onde estudamos eu e outros colegas do grupo. O projeto de Niemeyer, que se inspirou em materiais escolares para conceber o pavilhão das salas de aula (régua), o auditório (mata-borrão), a cantina (borracha) e a caixa d´água (giz), foi o assunto principal. O trecho seguinte, São Paulo-Felipe dos Santos-Marília de Dirceu, foi moleza. A fama da pastelaria que fica em frente à Praça Marília de Dirceu já havia se espalhado entre os caminhantes e ninguém queria saber de outra coisa. Pena que o tempo urgia e tivemos que nos contentar com apenas um pastel per capita. Os cinco quarteirões restantes é que foram osso. Não por termos encontrado dificuldades no caminho. É que a vontade de molhar a palavra era maior que a disposição para caminhar. Mas enfim, chegamos ao Tip Top, na rua Rio de Janeiro, local da nossa confraternização. Antes de entrar, fizemos a chamada. Faltavam três colegas. Alguém disse devem ter ficado para trás, daqui a pouco eles chegam. E qual não foi a nossa surpresa ao entrar e verificar que os retardatários já estavam devidamente abancados, com três ampolas vazias sobre a mesa. Mas a surpresa maior ficou por conta do colega Ronaldo Vieira, que apareceu por lá quando já estávamos na quinta ou sexta ampola. E nos ajudou a consumir as demais.