Precisava comprar dobradiças para os armários da cozinha aqui de casa. Era sábado. Oito da manhã. Da Floresta, onde moro, ao final da rua Tamoios, onde estão concentradas as lojas que eu pretendia visitar, é um pulo. Naquele sábado, porém, quem comandava as ações eram meus pés.

Só atinei pela coisa quando me vi descendo a toda a avenida Francisco Sales. Aí já era tarde para mudar os rumos da história e o jeito foi seguir adiante.   

De repente, ops! Cadê o mural que figurava aqui? Eu havia chegado à esquina de Aquiles Lobo e fiquei surpreso ao encontrar ali um substituto. Mas tudo bem. O novo mural, assinado pelo artista Hyperaton, é um belo trabalho. Retrata um índio cavalgando animal alado em região desértica com disco voador ao fundo. Surreal.

Mural do artista Hyperaton na esquina de Aquiles Lobo com Francisco Sales

Mas a história não parou por aí. Logo adiante, ocupando toda a fachada do hipermercado que recentemente fechou as portas, mais um mural. Figuras humanas em azul e vermelho. Umas com máscara, outras desnudas. No canto inferior esquerdo, a assinatura Onelove.

O artista talvez não saiba, mas o local onde apôs a assinatura já delimitou, antes do hipermercado, o antigo campo do América e muito antes, um parque. Isso mesmo: nos primórdios da capital, o Parque Municipal incorporava não só a área do antigo hipermercado, mas toda a área adjacente, incluindo os hospitais e parte do bairro Floresta.

Fiquei ali parado, asas à imaginação… Agora que o hipermercado se foi, bem que podiam demolir o prédio e implantar um novo parque no local, resgatando, ao menos em parte, o verde original.  

Mas os meus pés não queriam saber de conjecturas. Já dobravam a esquina de Alfredo Balena e não tive outra alternativa senão acompanhá-los. Passamos pelo Hospital das Clínicas e atravessamos a avenida. Eu tinha bons motivos para evitar a calçada dos hospitais.

Do outro lado, a Escola Estadual Pedro II e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Aí sim. A escola, uma bela construção da década de 40. A igreja, projetada em 1901, a segunda mais antiga da capital. Fiquei tão absorto que custei a perceber, lá no fundo, o céu de chumbo. Chuva?

Igreja do Sagrado Coração de Jesus na avenida Alfredo Balena

Desci Carandaí de um fôlego só e desembarquei na avenida Afonso Pena. Desta vez, os atrativos da nossa bela avenida não me detiveram. Cheguei rapidinho à Igreja São José. Passei os olhos pela fachada – cores originais restauradas – e virei à esquerda.

Subi Tamoios. Na esquina da avenida Amazonas, a igrejinha do Rosário, esta sim a mais antiga de Belo Horizonte. Foi erguida um pouco antes de 1897 pela Comissão Construtora da Nova Capital, em substituição a uma capela que existiu próximo à esquina de Bahia com Timbiras, no antigo arraial do Curral Del Rei.

Daí em diante, foi a reta sem fim de Tamoios. Cheguei esbaforido às lojas de ferragens, acompanhado dos primeiros pingos de chuva.  

Deu um pouco de trabalho a instalação e regulagem das dobradiças, mas valeu a pena. As portas dos armários estão funcionando que é uma beleza!

162 respostas

  1. Desculpe José Walker por não ter feito um comentário sobre esta caminhada, já havia lido inclusive os diversos comentários, alguns com um pouco de graça, outros despertando a véia poética. A decisão de seus pés foi de incrível beleza, nos leva a um passado próximo e alegre. O caminho que você percorreu era em para o mesmo trajeto que eu fazia para ir trabalhar no DERMG, me trouxe várias e felizes lembranças. Continue seus percursos por este Belo Horizonte
    Abraço do amigo Walmir

    1. Obrigado amigo Walmir.
      Às vezes é preciso dar vez aos pés, não é mesmo? Nesta caminhada, não fossem eles, eu teria feito o caminho mais fácil, nem sempre o mais indicado.
      Grande abraço!

  2. Muito bom José Walker! Mais um ótimo texto que nos leva a uma lembrança de cada canto de BH. Me fez lembrar que quando eu era criança, meu pai me levava no ex-campo do América. Já havia deletado essa lembrança da minha memória e o seu texto conseguiu recuperar. Continue com as suas caminhadas e parabéns pelo ótimo texto. Até a próxima!

    1. Obrigado Luiz Henrique.
      Eu ainda era criança quando passei pelo local onde ficava o ex-campo do América, próximo à esquina de Francisco Sales com Bernardo Monteiro. Eu teria 8 ou 9 anos, o que remonta ao início da década de 60. Creio que logo depois o campo tenha dado lugar ao primeiro hipermercado que se instalou no local (Jumbo?).
      Que bom que ao ler o texto você se lembrou de algo que já havia deletado da memória.

  3. Fui lendo seu conto e visualizando sua narrativa, como se estivesse ao seu lado, com o mesmo ssntimento. Adorei, muito bom. Parabéns

    1. Obrigado Adauilton.
      Muito bom ter a sua companhia nesta caminhada.
      Um grande abraço e até a próxima!

  4. Parabéns J. Walker! Através de suas caminhadas temos a oportunidade de conhecer melhor a nossa Belo Horizonte!

  5. Meu caro José Walker,
    Você, em suas caminhadas, me faz recordar tempos em que podíamos andar despreocupados pela nossa bela BH, curtindo monumentos, edificações e obras de arte que fizeram – e aínda fazem – nosso orgulho e prazer de passear por nossa cidade. Um grande abraço.

    1. Caro amigo Bretas,
      Que bom que o texto lhe trouxe boas recordações.
      Os tempos são outros, mas tomando alguns cuidados ainda é possivel caminhar pelas ruas da nossa linda BH com certa tranquilidade.
      Vamos nessa?

  6. Muito legal a caminhada!!!
    Adoro ler e perceber os detalhes que a gente não observa no dia a dia.
    Parabéns!!!!

  7. Oi Zé. Muito bom. A parte da Alfredo Balena me levou ao túnel do tempo. Fiz o grupo escolar no Pedro II, de 63 a 66, e o básico do curso de veterinária (75 e 76) na escola de medicina, em frente. Área marcante da cidade, de fortes recordações. Valeu!

  8. José Walker, parabéns pelas belas histórias, caminhadas. Adoro cada detalhe, cada momento vivido nelas. Parece que estamos lá também.

    1. Obrigado Lilian.
      É um prazer compartilhar minhas caminhadas com os amigos.
      Um abraço e até a próxima.

  9. Ei José, saudades!!!! Na correria de sempre!!! Mas bom que temos artigos maravilhosos para a gente dar uma parada e viajar nas ruas e estórias de Belo Horizonte. Continue caminhando e encantando com tantos artigos cheios de vida.

    1. Obrigado Cleo.
      Deixa comigo. BH é uma cidade surpreendente. Ainda tenho muita história pra contar.

  10. José Walker,
    Encantada com suas caminhadas. Mais encantada ainda com a sua forma de escrever. Você foi burilando a linguagem ao longo de suas caminhadas e de repente temos um texto fluido, gostoso de ler, poético e com um desfecho bem prosaico. Acho que valeria a pena você transformar em livro físico. Que tal?

    1. Muito obrigado Meguinha,
      Acho que é “mal” de família. Com tantos primos e primas escritores, acabei bebendo da mesma fonte e tomando gosto pela coisa.
      Quanto a publicar os textos em livro, ainda preciso me convencer de que estou pronto. De qualquer maneira, agradeço o carinho e incentivo.

  11. Caríssimo amigo, caminhando com você descobrimos coisas que nos passam desapercebidas pela correria ou mesmo pela falta da sensibilidade que lhe é peculiar! Parabéns por escolher imitar as borboletas que em seus voos não deixam de fazer suas paradas para apreciar e sugar tudo de belo que a natureza oferece! Até a próxima!

    1. Caríssima Marli.
      Não sei se meus voos chegam a tanto. O que sei é que gosto de caminhar atento aos detalhes.
      De qualquer forma, obrigado por transformar em itinerário poético a minha caminhada.

  12. Muito boa a leitura, parabéns José. Vi aqui que você escreve desde 2015, é isso mesmo? Muito legal. Aprendi coisas novas sobre BH hoje, obrigado.

    1. Isso mesmo Luiz. Desde 2015 venho escrevendo e publicando artigos sobre minhas andanças pelas ruas da cidade, o que faço com enorme prazer. Belo Horizonte é pura inspiração.
      Que bom que você aprendeu coisas novas ao ler o texto. Eu também tenho aprendido bastante ao caminhar.
      Forte abraço!

  13. Zé Walker, completando o meu (anônimo) comentário anterior a foto da igreja me trouxe uma feliz recordação do meu casamento.

    1. Caro Lourenço,
      Que bom que você se recordou do seu casamento na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. A igreja ficou ainda mais bonita após a renovação da pintura externa, há alguns anos. Não sei se restauraram a parte interna. Qualquer dia desses passo por lá pra conferir.

  14. Ótimas lembranças, Zé Walker.
    Morei durante o período da faculdade na rua Varginha e depois na av. Assis Chateaubriand, e existe um túnel que passa por baixo da linha férrea, bastante fedido por sinal, mas facilitava o acesso a escola de engenharia. Existe ou existiam algumas casas construídas na avenida Assis Chateaubriand com arquitetura belíssima. A padaria pão nosso , que existe até hoje, era o local p/ tomar café e as vezes encontrava com o narrador esportivo Fernando Sasso.

    1. As casas da avenida Assis Chateaubriand são realmente belíssimas. A mais antiga delas fica ao lado da Praça Zamenhoff e já sediou uma das edições da Casa Cor. Pelo estilo deve ser da década de 20, ou mesmo da década anterior. Um pouco abaixo, do lado oposto, existem duas outras que não são tão antigas, mas chamam a atenção pela arquitetura, bastante semelhante. Devem ter sido construídas ao mesmo tempo. Há também uma casa em estilo chalé suíço na esquina da rua José Pedro Drummond que é um charme. Sem falar das que ficam entre as ruas Tabaiares e Sapucaí, bem antigas também.
      Nas minhas caminhadas pela região costumo passar na padaria Pão Nosso para um café com pão de queijo. Muito bom!

  15. Olá José Walker,
    Leitura prazerosa sempre.
    Seguimos as suas caminhadas como se estivéssemos com uma câmera na mão. É muito bom viajar na inspiração com as suas caminhadas.
    Grande abraço

    1. Obrigado Luiz Carlos,
      Muito bom te rever por aqui e saber que minhas caminhadas têm sido motivo de inspiração para você.
      Grande abraço!

  16. Zé Walker, como sempre uma leitura muito agradável!
    Por coincidência, esta semana precisei comprar duas dobradiças para o armário da cozinha também. Fui para a Av. Prudente de Morais. Encontrei uma lojinha que tinha a dobradiça que procurava mas apenas uma. Assim precisei buscar outra loja próximo da Savassi. Encontrei as dobradiças mas pelo triplo do preço.
    Na próxima, vou procurar na Tamoios!
    Um abraço!

    1. Que coincidência, hein Tonho?
      Da próxima vez, desça a pé até o Centro e compre no lugar certo: Tamoios, entre Olegário Maciel e Rio Grande do Sul. Lá você vai encontrar variedade e preço justo. E vai fazer uma caminhada arretada (rsrs).
      Abração!

  17. Como sempre seus textos vêm recheados de detalhes e história. Muito interessante e mais uma vez vc está de parabéns Zé Walker.
    Até a próxima caminhada, um forte e fraterno abraço.

    1. Obrigado Renato.
      Caminhar é tudo de bom. Os detalhes e a história vêm por acréscimo.
      Grande abraço!

  18. Caro colega e amigo José Walker,
    Reli hoje a sua crônica. Além de ser uma narrativa agradável é uma aula de história.
    É sempre prazeroso acompanhar você nessas suas caminhadas. Continue firme.
    Um abraço e, mais uma vez, parabéns pelo artigo.

    1. Muito obrigado colega e amigo Ronaldo.
      A recíproca também é verdadeira. É com grande satisfação que recebo os seus comentários.
      Nesta “aula de história” não sou eu o professor. Sou antes o aluno que aprende e repassa os conhecimentos que vai adquirindo ao caminhar.
      Um forte abraço.

  19. Zé,
    Fez um circuito que conhece bem. Primeiro pelo antigo Extra e dps Alfredo Balena, Afonso Pena e Tamoios. Diariamente procurava restaurantes para almoçar na minha época da Hemominas. Ótimas lembranças. Obrigado.

    1. Que bom que você gostou Magnus.
      Por mais conhecido que seja o caminho, há sempre alguma novidade pra contar. Vem daí o prazer de caminhar.
      Forte abraço!

  20. Mais uma vez, parabéns, realmente seus artigos são uma verdadeira viagem, quem conhece ou mora em BH, lendo seus textos visualiza cada pedacinho do local descrito. Que essas andanças se repitam, obrigado JW, isso sim é ser um belorizontino raiz!

    1. Valeu Cavinato.
      Em minhas caminhadas procuro mostrar o que BH tem de melhor. Acho que foi por isso que você me concedeu o título de “belorizontino raiz”. Agradeço!

  21. Muito boa sua narrativa… trás saudades pra quem como eu, interior..das minas gerais ..
    teofilotonense… que morou aí por uma década .
    Parabéns

    1. Obrigado Eduardo.
      Que bom que você se recordou de seus tempos belorizontinos ao ler o texto.
      Um grande abraço. Apareça de novo por aqui!

    1. Caro Max.
      Tento descrever as minhas caminhadas da maneira mais lúdica possível. Se isto é poesia, não sei. De qualquer maneira, muito obrigado!

  22. Um prazer acompanhar você em mais uma bela caminhada que me fez voltar ao passado. A saudade de BH bateu! Um pouco adiante na Rua Tamoios 611, quase com Paraná, fica a Sede do Sindicato dos Bancários de BH, fundada pelo meu pai quando foi presidente do Sindicato de 1955 a 1962, onde sempre íamos, não só nas festas de carnaval mas sempre a visitá-lo. Obrigada por trazer tão boas lembranças! Continue com essa energia e talento para muitas mais caminhadas, acompanhadas por lindas crônicas. 👏👏

    1. Que legal June. Eu contando aqui a minha história e você aí no seu cantinho trazendo à memória as realizações do seu pai, os carnavais de outrora.
      Pois bem, uma história puxa a outra. Meu pai trabalhou no antigo Banco Comércio e Indústria e me lembro que eu e meus irmãos também frequentávamos o Sindicato dos Bancários ali na Tamoios. Só que nossas visitas não eram tão divertidas: íamos lá para tratar as nossas cáries, já que a clínica dentária do Sindicato funcionava no mesmo local.
      Um grande abraço e obrigado por compartilhar conosco suas lembranças.

      1. Não mencionei mas íamos na clínica dentária também, tratávamos com o Dr. Enio e um outro que não me lembro o nome. E depois de aposentado, meu pai fundou a Clínica Médica do Sindicato dos Bancários, onde ele foi o presidente por muitos anos, não sei se ainda existe. Meu pai trabalhou no Banco da Lavoura, que depois se tornou Banco Real.

  23. Opa. Tô com uns armários aqui precisando de ajustes. Se tiver disposição pra caminhar mais até o Itapoã. O café eu pago. Um abraço.

    1. Prefiro uma geladinha. Ajustes de armários costumam dar um trabalhinho bom. Um suador danado.
      Abraços!

  24. J. Walker
    Muito legal te acompanhar nas suas caminhadas. Vou colecionando através de suas observações fatos históricos muito interessantes. Obrigado.
    Grande abraço meu amigo!

    1. Obrigado Wagner.
      Fatos históricos também fazem parte das caminhadas, não é mesmo? Que bom que você os vem colecionando através dos textos que publico.
      Grande abraço!!

  25. Olá José Walker.
    Muito bom seus artigos. Não conhecia o mural da esquina de Aquiles Lobo com Francisco Sales. Ótimo pq assim ficamos conhecendo mais nossa cidade. Parabéns.

    1. Obrigado Ângela.
      A ideia é essa mesmo: através das minhas andanças, revelar a cidade que não temos oportunidade de conhecer na correria do dia-a-dia.
      Até a próxima!

  26. Caro J.Walker,
    Muito agradável acompanhá-lo em suas (nossas) caminhadas. Fotos e texto de alto nível. Parabéns!

  27. Muito legal Zé. Como nasci e cresci na mesma região que você, toda caminhada sua me faz relembrar meus tempos nessa região também. Lembrei hoje do antigo supermercado Jumbo ou CB Merci (não lembro ao certo) que existia ali, era onde normalmente fazia as compras do mês com meu pai (naquela época era usual fazer compras para o mês). Nesse supermercado meu pai comprou minha primeira bicicleta, depois de muitos anos de espera, pois não tínhamos condições para alguns “luxos”. Ótimas recordações…

    1. Ótimas recordações, hein Leonardo? O hipermercado Jumbo (agora me lembrei), a primeira bicicleta, a infância sem “luxos”, mas cheia de aventuras.
      Que bom que você se lembrou de tudo isso ao ler o texto.

  28. Caro José Walker; bom dia!
    Sua caminhada, com o olhar atento aos principais pontos por onde transita, deixa nos um legado de conhecimento maior de BH,
    muitas das vezes não percebido por nós.
    Continue nessa toada. Abraço.

  29. Ei tio querido!!! É tão gostoso ver e muitas vezes conhecer detalhes de BH diante do seu olhar! Sempre leve, saudável e agradável!!!!

    1. Obrigado Ana Luiza.
      Bom te ver por aqui. Melhor ainda é saber que você achou o texto “leve, saudável e agradável”. Gostei.

  30. Caro J. Walker,
    É muito bom acompanhar você, sempre blogueando a passos histórico-culturais muito ágeis, pelas ruas da nossa amada Beagá.
    Obrigado!

    1. Obrigado Mário.
      Muito bom saber que você vem acompanhando minhas caminhadas.
      Continuemos juntos, caminhando sempre.
      Grande abraço!

  31. Você descreve com sutileza de detalhes o que nos poupa de fazer o percurso! Não cansei nada! Nota mil!!!!!

    1. Muito obrigado Edu.
      Que bom que você percorreu tudo de um fôlego só e não se cansou.
      Bravo!

  32. Walker, é sempre muito bom ler as suas crônicas e causos vividos em Belo Horizonte. Me vejo em todos eles.
    Os meus pais fizeram as suas “Bodas de Ouro”, na igreja do Sagrado Coração de Jesus, na Alfredo Balena. Fato inédito é que o mesmo padre que celebrou a missa do casamento, em 1942, celebrou também a missa das Bodas de Ouro, 50 anos depois. Ele era o meu tio cônego Lino. Fato digno do Guines Book.
    Grande abraço e continue a enviar estas pérolas para mim.

    1. Obrigado Márcio.
      Que bacana essa história. Fato inédito mesmo. Celebrar as Bodas do Ouro já é uma distinção. Com o mesmo padre então…

  33. Oi Zé. Quero te agradecer pelos teus artigos que estão me permitindo conhecer uma cidade tão maravilhosa que não tenho tempo para ver com os olhos, mas conhecê-la com as suas palavras. Parabéns e um grande abraço.

    1. Muito obrigado Adalton.
      É com enorme satisfação que compartilho as minhas andanças pela cidade. Muito bom saber que através dos textos que publico você está conhecendo melhor a nossa BH.
      Grande abraço!

  34. Muito bom. Parabéns jovem senhor, que sabedoria. Parte da nossa cidade sendo relembrada. Vá em frente. Eu como corretor rodando pela nossa cidade também observando esses fatos.

    1. Obrigado Osmane.
      Eu nas minhas caminhadas e você nas suas corretagens, ambos observando a cidade. Tudo de bom!

  35. Caro amigo Walker espero que a sua visão e influência resultem em nova praça em nossa querida BH. Nome sugerido “Praça José Walker”.
    Abço,
    Érico

    1. Caro José Érico.
      Se eu tivesse essa influência toda, o “Parque José Walker” (as dimensões são de um parque) já seria realidade, pode ter certeza.
      Abração!

  36. Olá José Walker! Acompanhei sua jornada. Parabéns pelas observações e sua disposição. Forte abraço!

  37. Algum compositor mineiro poderia inspirar-se na musica ANDANÇA composta por Paulinho Tapajós em parceria com Dorival Caymmi, imortalizada pela Beth Carvalho e compor uma musica que poderia ser intitulada ANDANÇAS POR BH.
    Fica a sugestão.

  38. Amigo, estas observações são de grande alento para mim. Quando passo pelo centro, geralmente de carro não tenho esta perspicácia que você traduz para nós tão bem. Grande abraço e lembre:
    a chuva lava o nosso espírito…..

    1. Caro Sânzio,
      Que bom que você gostou. Sinto-me gratificado.
      Da próxima vez voltarei a pé, mesmo que esteja chovendo. Estou precisando lavar a alma (rsrs).

  39. Meu caro colega do Instituto de Educação até a faculdade, José Walker, vem nos brindando com suas andanças e descrições das maravilhas de BH em que não temos tempos para observá-las.
    Suas narrativas e descrições estão cada vez melhores.
    Um grande abraço e Keep Walking!!

    1. Muito obrigado Coutinho.
      É com grande satisfação que compartilho minhas andanças com os amigos. Especialmente os de longa data como você.
      Grande abraço!

  40. Quando acabamos de ler os memoráveis textos do nobre colega José Walker, surge em nossas mentes logo a seguir: Quando será o próximo e por onde será a nova rota?
    Ao ler cada um deles, sinto como estivesse ao seu lado procurando relembrar o trajeto e as obras/ construções descritas.
    Obrigado por nos brindar com todas estas expressivas crônicas sobre suas caminhadas!
    Forte abraço.

    1. Caro Argolo,
      Eu é que agradeço as suas palavras de incentivo.
      Na verdade, após a publicação de um texto, sempre me ocorre a mesma dúvida: onde será a próxima caminhada? E para ser sincero, devo confessar que nunca sei. Mas no momento oportuno, acaba surgindo a resposta. Inspiração? intuição? Sei lá, o fato é que tem sido assim. O importante é que no final, acaba dando certo.
      E assim vamos caminhando.

  41. Dar parabéns ao Zé Walker, já virou rotina!
    Leitura agradável, atualizadora e que nos remete ao passado com saudades, mas sem tristeza!
    Grande abraço.

    1. Muito obrigado Bastos. Que bom que você gostou.
      Sigamos juntos. Caminhando sempre.
      Grande abraço!

  42. Todo mundo arrepiando só em falar nas dobradiças. Parece que os armários da turma estão com problemas.
    Gostei do relato da ida, mas faltou o da volta. Pena que a chuva atrapalhou.
    Gostei também dos fatos históricos descritos com detalhes de datas e fontes.
    Mas ficou o relato da troca das dobradiças. O recado foi dado.
    No aguardo de mais caminhadas.
    Vamos andar mais Jose Walker!

    1. Obrigado Ricardo.
      Não fosse a chuva, eu teria voltado a pé. Mas São Pedro sabe o que faz…
      Quanto às dobradiças, são meio enjoadas mesmo, mas com um pouco de paciência tudo se resolve.
      Caminhemos!!!

  43. Olá meu amigo!

    Muito bom estar atualizado com relação às mudanças da nossa cidade.
    Abraço!

    1. Olá Fernando.
      Bom mesmo é saber que os amigos estão curtindo os textos que publico.
      Abraço!

  44. Precisando trocar umas dobradiças aqui em casa… kkkkkk Grande abraço. Mais um passeio com você !!

    1. Tô mesmo perdido com essa história das dobradiças. Mas tudo bem. Bom que fico conhecendo a casa dos amigos (e a geladeira também) (rsrs).
      Obrigado pela companhia no passeio.

  45. Excelente observação sobre os detalhes que olhamos rotineiramente mas não contemplamos de forma correta, obrigado Walker.

  46. Muito bom!… A cidade precisa ser contemplada!… Observada em seus detalhes além da correria quotidiana…Não fiz ainda o percurso dos murais gigantes nas empenas dos prédios do Centro d BH, sugestão também pra você… A arte suavizando a cidade grande … q carece e merece…um olhar como o seu … Avante, Caminhante !…

    1. Obrigado Anibal.
      É com este olhar atento que procuro enxergar a cidade. Contemplá-la aceitando suas mazelas – inerentes que são às metrópoles – e exaltando suas belezas.
      Embora não tenha feito a rota das empenas artísticas dos prédios do Centro, não me canso de admirá-las e descrevê-las.
      Forte abraço!

  47. Zé, mais um belo e proveitoso olhar…
    Que você continue nos mostrando “detalhes”com suas belas andanças.
    Abraços.

  48. Olá, Zé Walker. Mais um belíssimo texto. Somente em caminhadas é que podemos perceber os detalhes das cidades. Parabéns.

  49. José Walker, só você mesmo para nos contar história e nos levar ao passado e mais, valorizando nossa BH.
    As dobradiças eram pretexto para mais uma saída. Se as portas não estivessem funcionando bem (e acho que você torceu para que isso acontecesse), teríamos uma nova caminhada.
    Abraço.

    1. Isso mesmo Betinho. Precisamos valorizar a nossa BH. E a melhor maneira de fazê-lo é caminhando, como você bem sabe.
      Abração!

  50. Nós deveriamos aprender mais com você José Walker. Na nossa rotina corrida não me lembro da última vez que caminhei pelos arredores de Belo Horizonte ressaltando seus detalhes e peculiaridades. Viajei junto com você ao longo do texto. A crônica está excelente.
    Abraços.

  51. Zé, suas caminhadas nos levam a viajar com você e…que delicia!
    Tomara que surja um belo parque neste lugar tão carente de verde.
    Obrigada pela viagem que fiz com você, através das suas palavras.
    Abs.

    1. Valeu Márcia. Obrigado pela companhia.
      Como eu disse anteriormente, vai que alguém lá da Prefeitura resolve defender a ideia do parque…

  52. Zé Walker. Mais uma maravilha de relato, caminhada proveitosa e sadia. As dobradiças de sábado de manhã, uma verdadeira história. Obrigado.
    Sempre aguardando a próxima. Abraços.

  53. Muito bom, Zé!
    Diante de uma leitura tão agradável, juro que esperava o relato da volta, da Tamoios para Floresta… Outros ângulos….Segundo tempo…
    Mas, tudo bem, haja pernas! Rsrs
    Nem me fale em dobradiças….rs!
    Abraços!

    1. Obrigado Geraldo.
      Eu tinha previsto voltar a pé mesmo, mas São Pedro não colaborou. Tive que voltar de Uber.
      Pernas até que havia…

  54. Fala Zé!! Mais um excelente texto descrevendo suas aventuras e observações pelas ruas e avenidas da nossa querida Belô, parabéns!! Grande abraço!

    1. É isso aí Rafael. Belô merece todo o nosso carinho e atenção, não é mesmo?
      Grande abraço e até a próxima!

  55. Esse seu olhar poético nos delicia e renova a nossa afeição por BH! Muito bom, Zé! E ainda conseguiu transformar a compra de dobradiças numa situação tão cheia de descobertas! Parabéns!

    1. Muito obrigado Mônica.
      A compra das dobradiças foi apenas um pretexto para justificar a caminhada. Mas valeu a pena!
      Abraços!

  56. Estou adorando fazer parte de suas caminhadas, além de conhecer mais BH, tudo de bom. Lembrei que estou precisando trocar as dobradiças dos meus armários também, kkk.

    1. Obrigado Silvânia.
      Se todo mundo resolver trocar as dobradiças dos armários, estou perdido (rsrsrs)!

  57. Gostei da ideia de criar um parque no lugar do hipermercado! Por que nao sugerir pra prefeitura?
    Excelente texto como sempre! Continue caminhado e observando.
    Te amo!

    1. Obrigado filho.
      Não custa tentar, não é mesmo? Vai que alguém lá da Prefeitura resolve defender a ideia…
      Te amo!

    2. Oi Zé, estou adorando as suas caminhadas , a ideia de demolir o prédio do hipermercado e fazer um parque é genial!!! Com seu olhar observador, vamos conhecendo relembrando e fazendo memória da nossa BH. 😘

      1. Obrigado Glória.
        Resgatar uma área verde que jamais deveria ter sido cedida para a construção de edificações não é mais do que obrigação da Prefeitura. Vamos torcer para que o bom senso prevaleça e o Poder Público possa se reconciliar com a população de Belo Horizonte.

  58. O caminheiro ou o corredor de rua que se preze, sentir que, “quem comandava minhas ações eram meus pés.”
    Ou…”Mas os meus pés não queriam saber de conjecturas. Já dobravam a esquina…” sentir isso é o melhor de tudo.
    Não desmerecendo nada, muito pelo contrário, mas seguir em frente por onde os pés querem ir, tem um sabor de satisfação… felicidade!

    1. Isso mesmo Bel. Deixar-se conduzir sentindo o prazer de caminhar é tudo de bom. Sabor de novidade!
      Um grande abraço e até a próxima!

  59. Passo sempre ali pelo hipermercado e não havia reparado nada disso ahahah nem que ele havia fechado.
    Como sempre muito atento às mudanças na cidade. Continue caminhando e descrevendo a história de BH, sob o seu olhar, para nós.
    Te amo.

    1. Obrigado filho.
      Pode deixar. No que depender de mim, a história de BH não será esquecida.
      Te amo!

  60. Meu amigo Walker é sempre muito agradável ler suas histórias, que relatam a nossa maravilhosa Belo Horizonte.
    Um grande abraço.

  61. Amigo Zé, passo sempre por estes caminhos e não percebi os detalhes que você citou. Vou ficar atento. Obrigado pelo passeio.

    1. Valeu Anderson.
      Tenho certeza que da próxima vez, atento, você irá perceber muitos outros detalhes do caminho.
      Até a próxima.

  62. Mais um relato gostoso de se ler. E vamos aprendendo ou reforçando o conhecimento da história da nossa cidade. E também algumas curiosidades que passam despercebidas aos caminhantes comuns. De quebra, já sabemos a quem recorrer quando tivermos dificuldades para trocar as dobradiças da cozinha.

    1. Obrigado Ricardo.
      E vamos compartilhando com os amigos, aprendendo também. Caminhar é isso.
      Precisando trocar as dobradiças, disponha. Mas não se esqueça de por a cervejinha pra gelar.
      Abraços!

  63. Amigo Jose Walker que “atalho” interessante!

    Esta caminhada pode ser apelidada “dos pés à cabeça”……veja que foi uma caminhada com o traçado intuitivo e ao final do caminho
    as dobradiças estavam lá te esperando….

    A vida as vezes é mais ou menos assim, a gente sai para um lado e acaba chegando em outro, mas no fim tudo dá certo!!!

    Obrigado amigo. Gostei de caminhar com você!!

    1. É isso aí, amigo Edson. Não importa o caminho. O que importa é a chegada.
      Um abraço e até a próxima.

  64. Bela Caminhada Walker por ótimos lugares. Viu maravilhosas obras de arte e Igrejas Históricas de BH!!! Conseguiu as dobradiças necessárias e em casa corrigiu tudo. SUCESSO!!!

    1. Isso aí Haldane. Bater perna e registrar o que vejo pelo caminho é bom demais!!!
      Abração!

  65. Zé, é sempre uma alegria caminhar com você. Fico esperando pela próxima caminhada. Abraço.

    1. Obrigado Zé Torres.
      Alegria em dobro é contar com a sua companhia nas minhas caminhadas.
      Abraço!

  66. Caro Walker

    Suas caminhadas, agora históricas, só trazem textos prazerosos de se ler.
    Dessa vez você trouxe uma ” viagem ” incrível.

    1. Muito obrigado Ronaldo.
      Os fatos históricos também fazem parte das caminhadas, não é mesmo? Tenho aprendido bastante nas minhas andanças por aí.

  67. Beleza Zé. Além de contar causos sobre suas caminhadas, virou historiador. Na realidade vc gosta é das caminhadas, qto mais longas melhor. Abs

  68. Fiquei cansada com sua longa caminhada, mas as coisas belas que viu valeram. Lembranças, saudades dos tempos passados. Tenho certeza que suas portas ficaram boas e seus pés?
    Abraços amigo e obrigada pelo presente.

    1. Obrigado Vera.
      De fato, as portas estão funcionando direitinho. Meus pés? Já estão acostumados.
      Grande abraço!

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