Primeiro domingo após a viagem a São Gonçalo do Rio das Pedras. Acordei disposto a encerrar de vez o meu jejum de caminhadas de rua em Belo Horizonte.

Olhei para o céu e vi que a sorte estava ao meu lado. Sol de primavera, poucas nuvens pra contar a história. Mas havia um porém: onde encontrar num dia assim, em tempos de relaxamento da população diante da pandemia, um local seguro para caminhar?

Foi aí que me lembrei da região da Filarmônica, no Santo Agostinho, e falei comigo mesmo eureca, é pra lá que eu vou.

Cheguei rapidinho. E levei um susto. A área externa ao prédio da Orquestra estava repleta de gente. Crianças, principalmente. E pais corujas, naturalmente.

Também, não é pra menos. O conjunto de prédios onde funcionam as sedes da Filarmônica e da Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão parece coisa do outro mundo. Literalmente…

Ao nível da rua Tenente Brito Melo, além da belíssima arquitetura, há espaço de sobra para o banho de sol das crianças e porque não, dos papais corujas também.

Do lado de baixo, o da rua Uberaba, o destaque fica por conta dos amplos jardins e do casarão histórico devidamente restaurado, onde funciona o bar-café que atende ao público visitante.

Em suma, um espetáculo. Como as apresentações da Filarmônica.

Mas o meu negócio era outro. Ainda bem que a pista de caminhada, que fica do outro lado da Tenente Brito Melo, estava livre. Ou praticamente. Meia dúzia de gatos pingados batiam perna por lá.

Pista de caminhada é modo de dizer. Mas, para mim, é como se fosse. Estou falando do quarteirão formado por Tenente Brito Melo, Gonçalves Dias, Juiz de Fora e Alvarenga Peixoto: ruas planas e arborizadas, calçadas largas, trânsito de veículos quase nenhum.

Foram dez voltas. Cinco no sentido horário, cinco no sentido contrário. Quatro quilômetros e meio em cinquenta minutos. Para quem ficou meses dando voltas numa quadra de futsal, nada mal.

E ainda viajei no tempo. Voltei aos idos de 1973, quando prestei o serviço militar no CPOR – Centro Preparatório de Oficiais da Reserva, que funcionava no quarteirão vizinho, onde se encontra hoje a 4ª Companhia de Polícia do Exército.

Eu cursava engenharia na UFMG pela manhã e cumpria com as minhas obrigações militares à tarde, quando não à noite, amargando intermináveis plantões no Serviço da Guarda. Ora na guarita da rua Gonçalves Dias, ora na guarita da rua Juiz de Fora.

Estávamos em plena ditadura e um ataque contra nossas posições não era de todo improvável. Mas na guarita o tempo não passava. Ninguém passava. Ataque mesmo só o do sono, o inimigo número um do vigia-estudante.

Eram duas horas numa guarita, quatro no sofá da antessala, duas na outra guarita e assim por diante até o final da jornada. Eu e os colegas de plantão revezávamos. E rezávamos para não ter que utilizar os velhos mosquetões com que defendíamos a nossa gloriosa corporação. Tempos aqueles…

Voltei pra casa reconciliado com as ruas de Belo Horizonte. E comigo mesmo!

Foto de abertura: Jomar Brangança

Abaixo, fotomontagem de Frieda Kiefer gentilmente cedida ao blog.

80 respostas

  1. José Walker,
    Que texto gostoso de ler…você sabe encontrar o lugar certo para fazer caminhada e contar sua jornada com boas histórias, despertando lembranças e nos encantando com locais, às vezes esquecidos ou desconhecidos, da nossa cidade.

    1. Obrigado Leca.
      BH é uma caixinha de surpresas. Cabe a nós, caminhantes, revelar o seu conteúdo.
      Abração!

  2. Quando vi a área externa da Filarmônica, fiquei extasiada! Realmente é uma coisa de outro mundo!
    Gostaria de dividir com você as minhas fotos que lá tirei.
    Sempre que tenho uma consulta médica por perto, dou um jeito de passar por lá e apreciar.
    É coisa de outro mundo!!!

  3. Mais um belo texto, desta vez, para enriquecer as comemorações no mês de aniversário da nossa querida BH! Parabéns, Zé Walker!

  4. José Walker!
    Caro colega de engenharia da UFMG!
    Como sempre seu texto muito bem escrito nos remete ao passado!
    Lembro que nesta época queria “sair fora do CPOR”!
    No dia da seleção formaram a fila do exame médico onde na minha vez selecionaram uns 5, todos pelados e eu com um papel na mão! Quando fui indagado que papel era aquele, apresentei com toda esperança o atestado médico que sofria de asma!
    Prontamente fui tirado da fila e liberado!
    Graças a Deus tem mais de 30 anos que não tenho crise asmática! Acredito que tenha sido curado!
    Mas mesmo assim tenho me cuidado na prevenção da COVID pois com asma não seria nada bom creio eu!
    Também sai das caminhadas aqui na quadra do prédio e ando por algumas ruas sem movimento do São Bento/ Sta Lúcia!
    Algumas outras vezes fazemos trilhas em veículos 4×4 por estas belas paisagens das Minas Gerais! Temos até um grupo chamado Xerifes 4×4!
    E assim continuamos seguindo a estrada da vida!
    Forte abraço!

    1. Maravilha de depoimento, caro colega Eduardo Argolo.
      Bastante ilustrativo em relação ao exame médico a que fomos submetidos durante a seleção para o serviço militar.
      Ainda bem que você tinha um atestado médico comprovando que sofria de asma e foi liberado. No meu caso, falei para o capitão médico que tinha pé chato e ele me disse: “ah, é? então é aqui mesmo que você vai se curar desse seu pé chato”.
      No início foi dureza, mas hoje só tenho boas recordações e bons amigos.
      Grande abraço!

  5. José Walker, adoro suas crônicas, e os comentários de seus amigos são valiosos, pois você consegue levar todos para o túnel do tempo. Parabéns

    1. Muito obrigado Silvania.
      Você tem razão. Eu também viajo no túnel do tempo ao ler os comentários dos amigos.
      Um grande abraço!

  6. Caro José Walker, cada caminhada uma nova “aventura”. Ótimas lembranças do CPOR. ..Abraço

    1. Isso mesmo, José Erico.
      De vez em quando surgia alguma “areia movediça” nas patrulhas noturnas do CPOR, mas tudo bem. No final, entre mortos e feridos salvaram-se todos.
      Grande abraço!

  7. Tenho imenso orgulho de ter compartilhado com você parte desta aventura no passado.
    Continuo me orgulhando do Zé Walker que nos premia com uma bela narrativa e, de brinde, nos mostra detalhes da nossa bela BH.
    Continuarei firme no acompanhamento do blog.
    Parabéns.

    1. Caro Sagih, colega do CPOR e dos tempos do ICEX.
      Agradeço as palavras de incentivo e sua inestimável companhia aqui no blog.
      Sigamos juntos. O blog é nosso!

  8. José Walker,
    bela caminhada no espaço e no tempo. Não participei do CPOR, mas ouvi muitos colegas de engenharia como você comentarem sobre as aventuras daqueles dias.
    Continue nos brindando com essas caminhadas!

    1. Caro Antônio Marcos, você acertou em cheio! Bela caminhada é aquela que transita entre espaço e tempo.
      Bom caminhante é aquele que se deixa levar…
      Grande abraço!

  9. Olá Zé Walker!
    Eu sou o José Otávio Andrade FRANCO. Que bom descobri este seu hobby de escritor e de caminhante. Adorei as descrições de nosso tempo de CPOR 73 e dos locais da sua andança. Lembro de você e de nossos sufocos para conciliar o primeiro ano de engenharia e fazer o CPOR. Não foi fácil. Em função dos acampamentos e plantões perdi um cálculo que era pré requisito para outras três disciplinas, que me atrasou um semestre. Depois tive que fazer mais matérias para recuperar a minha turma, já que éramos a primeira de Eletrônica e Telecomunicações. Bons momentos vivemos no período da nossa formação como oficial da reserva e como engenheiro. Eu tenho corrido com a equipe do Minas Tenis Clube e fiz 3 Maratonas (Lima, Berlim e Amsterdam). Este ano seria a de Buenos Aires (cheguei fazer a inscrição) mas o COVID-19 adiou. Vou colocar meu email para continuar lendo você.
    Forte abraço.

    1. Prazer em te ver por aqui Franco.
      Que bom que nos descobrimos e agora podemos reatar a amizade. Com certeza, temos muitas histórias para contar.
      Parabéns pelas maratonas e bola pra frente. O importante é mantermos a atividade física. Faz bem pro corpo e pra alma.
      Abração!

  10. Zé, muito bom ler seus textos. Faz recordar minhas caminhadas quando nos mudamos para BH em 1975. No Barro Preto foi onde estudei o ginásio na E.E. Caetano Azeredo, em frente do Fórum, que nem existia, era um simples quarteirão todo fechado com tapumes. E onde é hoje a Filarmônica era a delegacia de trânsito e em frente o Mercado Distrital da Barroca, hoje Mater Dei.
    Muitas lembranças, muitas mudanças, muitas saudades.
    Parabéns, continue nos presenteando com seus passeios.
    Obrigado.

    1. Eu é que agradeço Magnus.
      Gostei muito do seu depoimento. Enriqueceu a narrativa.
      O objetivo é este mesmo: através das minhas caminhadas, interagir com os leitores, mostrando o que BH tem de melhor.
      Continue prestigiando e divulgando o blog.
      Abração!

  11. Walker, é realmente muito bonito o conjunto arquitetônico do prédio da filarmônica, já fui a algumas apresentações e a acústica é perfeita. Está obra foi muito criticada pelo Ângelo Oswaldo e o Fernando Pimentel, políticos que gostam de jogar p/ galera ao invés de valorizar um ótimo espaço cultural. O seu relato me fez relembrar a minha apresentação no CPOR , o oficial conferiu a balança e outro disse pode dispensar que esse aí tá magro demais. Um dia de extrema felicidade.

    1. Prazer em te ver por aqui Lourenço.
      A Sala Minas Gerais da Filarmônica e os demais prédios do conjunto são muito bonitos mesmo.
      As apresentações da Filarmônica, nem se fala. Músicos de altíssimo nível, vindos do mundo inteiro.
      A boa notícia é que as apresentações da Orquestra vão voltar em breve. Vamos aguardar.
      Um grande abraço!

  12. Parabéns José Walker! Mais uma caminhada e mais um belo texto. Você fez uma pequena volta ao passado e de vez em quando é muito gostoso. Brindou os seus leitores com um pouquinho da sua história.

    1. Obrigado Agostinho.
      Sim, de vez em quando é bom lembrar o passado. Espero que tenha gostado da minha história.
      Abraço!

  13. Caro José Walker.
    Que deliciosa volta aos bons tempos do CPOR.!
    Sabe, falam tanto de Ditadura, que agora me lembrei que em plena dita, Ditadura, eu também tirava serviço nestes postos e nem me passava pela cabeça qualquer perigo?
    Ali fizemos ótimas amizades que perpetuaram!!
    Parabéns! Lindas recordações.

    1. Obrigado Flávio.
      Talvez você tenha razão. Não havia tanto perigo assim. A não ser alguns simulacros de sequestro como o que aconteceu com o nosso colega Tofani na guarita da Gonçalves Dias, não é mesmo?
      Quanto às amizades, não há dúvida que se perpetuaram.
      Grande abraço!

  14. Amigo, aquele local cutuca as nossas memórias. Também fiz CPOR em 72 e passamos momentos tensos lá dentro. Mas nada que a vida hoje não nos deixe mais leves e saudosos. Belo texto. Abraços

    1. Obrigado Sanzio.
      Você tem razão. Passamos “momentos tensos” no CPOR. E tínhamos apenas 19 anos. Hoje temos saudade!
      Abs.

  15. Bom dia, Zé!! Estive no Mater Dei para fazer uns exames e não sabia que tinha espaço de caminhada perto da Filarmônica. Bom saber. Ótimo texto.

    1. É isso aí Zé Torres. Aos poucos a gente vai voltando à (quase) normalidade.
      Obrigado pelo comentário.

  16. Grande Walker. Pra variar mais uma excelente crônica sobre as ruas de nossa BH. Está nos remetendo ao ano de 1973 onde prestamos o serviços militar obrigatório. No início todos querendo sair fora. Mas depois, só maravilha. Ótimas amizades que duram até hoje, já passados 47 anos. Parabéns!!

    1. Obrigado amigo.
      De fato, de tudo o que passamos ficou a amizade. É o que importa, não é mesmo?

    1. Eu é que agradeço Ralph.
      É uma satisfação compartilhar com você as minhas histórias.
      Esteja bem!
      Grande abraço!

  17. Caro amigo José Walker, obrigado por me trazer boas lembranças de tempos inesquecíveis.

  18. Grande Walker: falar de CPOR é reviver melhores momentos das nossas vidas…Ninguem melhor que você, sabe detalhes do que vivemos…
    Seu texto, leve e sempre muito brilhante!
    Abraço do 3.

    1. Obrigado Felício.
      É verdade. Passamos bons apertos, mas o que importa são os laços de amizade que permanecem até hoje.
      Abração!

  19. Fiz uma caminhada gostosa! Me lembrei da época em que meu irmão fazia CPOR, suas histórias e dificuldades.
    Abs.

    1. Obrigado Ligia.
      A gente passa muitos apertos no CPOR, mas depois só ficam as boas recordações.
      Abraços.

  20. Ze, muito bom passear, caminhar com você pelas ruas do Sto Agostinho.
    Continue José Walker a fazer o que você tanto gosta: caminhar 🚶 para o nosso deleite.

  21. Prezado José Walker, esse artigo, citando CPOR e caminhada, me fez lembrar um fato da adolescência. Já tinha passado na UFMG e me apresentei também no CPOR. Só que eram 50 vagas se não me engano e eu fiquei fora da turma. Mandaram me apresentar na 4a Cia de Comunicações, atrás do Campus da UFMG. Chegando lá fizeram umas triagens e nada de me dispensar. Eu já estava de cabelo cortado e com o fardamento nas mãos quando chamaram todos no pátio novamente. Falaram alguns nomes, inclusive o meu, e foi a última dispensa do ano, kkk. Para pagar a promessa, eu e o Lavall, ex-engenheiro do DER, voltamos a pé de lá até às nossas casas (na época eu morava perto do Minas1). Não esqueço desse fato.

    1. Você passou um mal pedaço, hein?
      Aposto que foi molecagem do pessoal da 4ª Cia de Comunicações. Eles adoram fazer esse tipo de brincadeira com os candidatos ao serviço militar.
      Depois dessa, vocês tinham mais é que pagar promessa mesmo…

  22. Zé, adorei seu texto, vc como sempre ativando nossa memória para eventos importantes em nossa cidade, e ótimas sugestões de caminhadas. Adorei!!!😘🌺💐🌼

    1. Obrigado Glória.
      Bom saber que você me acompanha e curte as minhas sugestões.
      Juntos somos mais!

  23. Meu caro Walker.
    O espaço em volta do CPOR tem sido uma presença em corridas que faço por lá; junto com as passadas surgem boas lembranças dos nossos tempos de quartel.
    Sua crônica é precisa, como sempre.
    Sua inspiração para escrever é pura arte.

    1. Obrigado pelo incentivo Ronaldo.
      Fico feliz em saber que você também curte a região do nosso CPOR. Boas lembranças, hein?
      Grande abraço!

      1. José, bom dia! Em uma pandemia precisamos estar atentos, retornar às caminhadas é muito promissor. BH nós acolhe de ruas e praças abertas.

  24. Você tem um jeito muito gostoso de escrever.
    É muito agradável caminhar com você.
    A Filarmônica é um espaço lindo.

    1. Muito obrigado pelo carinho e atenção Valéria.
      A Filarmônica nos eleva ao mesmo nível de outras grandes cidades mundo afora.
      Abração!

  25. Mais um excelente texto estimulando nossa memória daqueles tempos sombrios. Sempre que passo por ali lembro do temor reverencial de passar na calçada daquela unidade militar , graças a Deus passou. Abs e continue caminhando e compartilhando seus textos.

  26. José Walker,
    Que bom receber seus textos e repartir com você a leveza do seu prazer em caminhar e descrever os locais por onde caminha.
    Qualquer dia destes vou conhecer este pedaço de BH e fazer tambem uma caminhada por aí.
    Hoje estou desfrutando do meu Sul de Minas, na querida Poços de Caldas, aliás com excelentes trajetos para uma boa caminhada.
    Um abraço meu amigo.

    1. Obrigado Edson.
      É um prazer compartilhar minhas caminhadas com os amigos.
      Boas caminhadas aí em Poços de Caldas.
      Abração!

  27. Prazer estar com você em tempos tão sombrios, voltar no tempo me lembra a rua Serranos. Hoje frequento a Filarmonica
    Grande abraço Goretti

    1. Muito bom te ver por aqui Goretti e saber que você também frequenta a Filarmônica. Coisa de primeiro mundo!
      Um forte abraço!

  28. Ainda não conheço essa região pai, mas parece ser ótima para caminhar! Além de ser muito bonita.
    A arquitetura da Filarmônica parece ser de primeiro mundo!
    Qualquer dia desses vou com vocês conferir.

    1. Então tá combinado. Qualquer dia desses vamos caminhar por lá.
      De fato, a região é muito agradável.
      Abs.

  29. Zé Walker!
    Nada melhor que ler o seu texto numa tarde chuvosa de domingo, fica mais gostoso ainda!Você sempre com boas lembranças e com isso boas histórias para a nossa leitura! Parabéns, continue nos proporcionando esse momentos agradáveis!Um grande abraço!

    1. Obrigado Luiz Henrique.
      É uma grande satisfação compartilhar meus artigos com os amigos. Especialmente numa tarde chuvosa como esta.
      Grande abraço!

  30. Olá José Walker, Gostei do seu texto. Muito sincero. Obrigada por me dar a condição de passear pela nossa linda BH, que não é minha cidade de nascença, mas é onde vivi bons e emocionantes anos. Saudades são muitas. Para já não posso passear pessoalmente, mas já ajuda um passeio virtual.
    Grande abraço,
    Mariene Assis

    1. Que bom Mariene. Fico satisfeito ao saber que você está passeando pelas ruas de BH através dos meus textos, já que se encontra longe daqui.
      Continue enviando seus comentários. É a melhor forma de mantermos contato.
      Abraços!

  31. Esses tempos de vigia no CPOR não devem ter sido nada fáceis hein pai?
    Para quem gosta tanto de caminhar e estar se movimentando, ficar horas e horas vendo o tempo passar dever ser difícil.
    Que bom que acabou e hoje ficam as histórias.

    1. Isso mesmo Gui. Não foi nada fácil. Mas tudo passa. Hoje são apenas recordações.
      Belas recordações!

  32. Olá !
    Zé Walker!
    Nossa cidade tem muitos lugares gostosos p caminhar. As ruas de bairros por exemplo são ótimas p nos encantar com casas antigas, árvores centenárias, tranquilidade e cantinhos inspiradores.
    Parabéns por nos encantar mais uma vez com suas caminhadas.
    Pérola

    1. Obrigado Vanessa.
      De fato, somos privilegiados. Nossa cidade tem muitos lugares de caminhar.
      É cada cantinho…
      Abração!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *