Como vocês já perceberam, nos fins de semana meu negócio é explorar a cidade em busca de novos locais para fazer as minhas caminhadas.

Ontem pela manhã, por acaso, descobri um lugar incrível!

Não é praça, não é parque. É pista de rua inventada na hora.

O fato é que eu e minha esposa havíamos saído de casa com o intuito de caminhar na Praça da Assembleia, e no meio do caminho resolvemos passar no Mater Dei para buscar os resultados de exames que eu havia feito naquele hospital alguns dias atrás.

Foi então que a coisa aconteceu!

Ao passar pela rua Tenente Brito Melo em frente ao belíssimo prédio da Sala Minas Gerais, Casa da Filarmônica, percebemos que o local é plano, arborizado e com pouco trânsito de veículos.

Rua Tenente Brito Melo em frente à Casa da Filarmônica (foto: José Walker)

Aí não deu outra. Estacionamos o carro e resolvemos caminhar ali mesmo.

E para não ficar só naquele trecho de rua, resolvemos explorar o entorno. Descobrimos que não só a Tenente Brito Melo tem essas características, mas as demais ruas do quarteirão também (Gonçalves Dias, Juiz de Fora e Alvarenga Peixoto).

Empolgado com a descoberta, comentei com minha esposa que seria bom se transformassem aquele quarteirão em pista de caminhada oficial, com direito a faixa pintada no chão, marcos indicadores de distância, melhoria das calçadas, etc.

Nem cheguei a saber a opinião dela sobre o assunto. Como sempre caminho a 6 quilômetros por hora e ela a 3 ou 4, aos poucos fui me distanciando. Mas a ideia não me saia da cabeça.

De repente, ao virar em uma das esquinas do quarteirão, me deparei com outro caminhante seguindo um pouco à frente, no mesmo sentido e no mesmo ritmo que eu.

Foi uma surpresa para mim. Afinal, eu tinha acabado de inventar aquela pista e achei que eu e minha esposa éramos as únicas pessoas a caminhar por aquelas bandas.

Curioso, acelerei o passo e ao ficar lado a lado com o outro, perguntei se ele sempre caminha naquele trecho, ou se o fazia pela primeira vez, como eu.

Ele disse que mora no Gutierrez, mas gosta de caminhar ali, pois é um local plano e tranquilo. Exatamente o que eu havia constatado minutos antes.

Aí a conversa fluiu naturalmente. Falamos sobre as demais pistas de caminhada de BH, sobre exercícios físicos em geral, sobre os benefícios da caminhada (e da corrida), e quando passamos pelo prédio da Filarmônica, sobre arte e cultura em geral.

E a comparação foi inevitável. Brasil e Europa. Eu disse que havia acabado de tirar algumas fotos do prédio da Filarmônica e que aquele conjunto arquitetônico – o novo e o antigo preservado (o casarão da rua Uberaba) – não fica nada a dever a seus pares europeus.

Casa da Filarmônica vista da rua Uberaba (foto: José Walker) 

Falamos também de venezas, florenças, vienas, andaluzias e outras maravilhas mundo afora. A conversa foi tão boa que nem vi o tempo passar. Quando dei por mim, já estava na hora de ir embora…

E sabem a que conclusão cheguei?

Caminhar também é cultura!

6 respostas

  1. Caro José Walker,

    Morei minha infância toda e parte da minha adolescência nesta região do bairro Santo Agostinho. Barro Preto é da Av. Barbacena para baixo, em direção à sede do Cruzeiro. Lá eu brincava, jogava bola, soltava papagaio e era muito feliz. Continue mandando estas delícias de artigos. Abs.

    1. Olá Bretas!
      Bom te ver aqui no blog.
      Melhor ainda é saber que você se lembrou dos bons tempos da infância e adolescência.
      Obrigado pela correção e pela participação.
      Grande abraço!

  2. Realmente a região é muito tranquila e agradável. Seria muito bom transformar o local em mais um local para caminhada. As ruas são planas, largas, arborizadas e com passeios também largos e confortáveis para uma caminhada. Além do prédio da filarmônica existem muitas casas antigas que também são muito bonitas. Circular de carro também é muito bom, pois o calçamento é muito bem feito, trazendo um conforto para circular, coisa rara em BH. Parabéns José Walker. Descobriu mais um local muito agradável em BH.

    1. Obrigado pelo comentário, Luiz Henrique!
      Você descreve, com exatidão, o que senti ao caminhar por lá.
      E pensar que, como este, muitos outros lugares fantásticos estão espalhados pela cidade, só esperando que os descubramos.
      Grande abraço!

  3. Que isso! Não conheço esse prédio, é muito bonito! Vou conferir depois!

    Abraço, Lucas Veloso.

    1. Maravilha, não é Lucas?
      Eu já o conhecia, mas à noite.
      Durante o dia é realmente espetacular!!!
      Grande abraço e obrigado pela participação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *