Até agora eu falei sobre os prazeres da caminhada na minha vida.

Como nem tudo são flores, neste artigo vou falar dos obstáculos que enfrento ao voltar do trabalho, as pedras no caminho, como diria Drummond.

Mas pra não dizer que não falei das flores, como diria Vandré, vou revelar também as agradáveis surpresas com que me deparo nessas andanças.

Agora que esclareci a participação do Carlos e do Geraldo nessa história, vamos aos fatos.

Como já disse anteriormente, todos os dias volto do trabalho caminhando cerca de 4 quilômetros até o ponto de parada do ônibus que me leva ao bairro Floresta, onde moro. O meu trajeto: Viçosa, Contorno, Pernambuco, Getúlio Vargas, Ceará, Brasil e Maranhão até o Hospital Militar.

O primeiro obstáculo que encontro no caminho é a travessia da Contorno, altura da Padre Odorico. O trânsito de veículos é intenso no local e não há faixa de pedestres. Muitas vezes tenho que atravessar um lado da avenida e aguardar no canteiro central até que seja possível atravessar com segurança para o outro lado.

contorno com padre odorico

Mas há outras travessias que exigem muita atenção da minha parte. São as da Ceará com Gonçalves Dias, Ceará com Bernardo Guimarães e Ceará com Timbiras. Em nenhuma delas há faixa de pedestres. (ver atualização)

Atenção BHTRANS! Seria prudente colocar faixas de pedestres nesses locais.

Entretanto, os maiores obstáculos do trajeto estão nas calçadas, que de uma maneira geral se encontram em lastimável estado de conservação, cheias de buracos e remendos. Sem falar nas que foram executadas totalmente em desacordo com a boa técnica, um verdadeiro desrespeito ao pedestre.

Para não me estender muito, vou citar apenas alguns exemplos:

  • Calçada do Banco Safra na Pernambuco: totalmente desnivelada;

banco safra

  • Calçada da Escola Estadual Bueno Brandão na Getúlio Vargas: cheia de buracos e remendos;
  • Calçadas dos prédios da Ceará entre Carandaí e Brasil: cheias de buracos;
  • Calçadas da Brasil entre Padre Rolim e Francisco Sales: cheias falhas e ondulações;
  • Calçada do prédio de nº 310 da Maranhão: totalmente desnivelada.

Há também um ponto do trajeto que não é bem um obstáculo – talvez a questão seja exatamente a falta de obstáculos – mas me causa frio na espinha. É o posto de combustíveis situado na Rio Grande do Norte com Getúlio Vargas. O posto tem diversas entradas e saídas de veículos, o que significa risco constante para o pedestre.

Outro dia, no momento em que eu atravessava a Rio Grande do Norte um veículo vindo da Getúlio Vargas cruzou a faixa de pedestres e quase me atropelou. O motivo? A motorista queria abastecer o seu carro e aproveitou que o sinal estava fechado para os veículos que subiam Rio Grande do Norte e entrou a toda no posto. Só se esqueceu de que era a vez dos pedestres.

Atenção Prefeitura! É preciso disciplinar o acesso de veículos ao local.

Mais obstáculos no meu trajeto: duas obras paralisadas cujos tapumes ocupam metade da calçada. Uma fica na esquina de Ceará com Gonçalves Dias e a outra (caindo aos pedaços) na avenida Brasil, ao lado do nº 478 (foto abaixo).

Tudo bem que por lei o tapume pode avançar até a metade da calçada, mas no caso de obras paralisadas por muito tempo os responsáveis não deveriam retirá-lo e restituir à população o espaço tomado?

Esta vai para o Conselho Regional de Engenharia: o que pode ser feito para resolver este impasse?

Finalmente vamos às surpresas, que ficam por conta da Praça da Savassi e seu entorno:

– Surpresa nº 1: o quarteirão da Pernambuco entre Fernandes Tourinho e Getúlio Vargas, que foi providencialmente fechado ao trânsito de veículos e se tornou um local bastante agradável e seguro para o pedestre, assim como os outros quarteirões fechados da praça;

– Surpresa nº 2: a própria praça com seus belos jardins, suas fontes, seu piso elevado em blocos de concreto intertravado e seus equipamentos de sinalização, tudo planejado de forma a privilegiar o pedestre.

praça savassi

Parabéns Prefeitura! Iniciativas como esta são sempre bem-vindas.

E agora que fiz minhas críticas e elogios, cabe torcer para que os órgãos envolvidos se sensibilizem e façam sua parte, corrigindo as irregularidades apontadas e replicando os bons exemplos.

Os pedestres agradecem!

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