A praça que andava esquecida

Praça Raul Soares. Domingo. Pista fechada ao trânsito de veículos. No asfalto, linhas retas, figuras geométricas, cores vivas. Caminho pela pista. Uma volta, duas, três. Finalmente encontro a um canto, soltas, as palavras “desenho – muralização – resistência cultural – Kene Sagrado e proteção” e logo abaixo, as assinaturas Sadith Silvano e Ronin Koshi. Mergulho […]

Sábado na Savassi

Precisava comprar cartucho para a impressora aqui de casa. Era sábado. Onze da manhã. Mapeei as lojas de suprimentos de informática na região da Savassi e tracei o meu itinerário a partir do Colégio Arnaldo. Modo de esticar a caminhada. Subida de Ceará. Deixei para trás Timbiras e Aimorés. A primeira loja, na Getúlio Vargas, […]

A vizinhança de Bernardo Monteiro

Quinta-feira, feriado de Corpus Christi. Pensei comigo mesmo vou caminhar num local tranquilo, sem aglomeração. E me mandei para a avenida Bernardo Monteiro. Mas não gostei do que vi. Sabe aquela agitação das manhãs de sábado? Era tal e qual. Meio perdido, sem entender o porquê daquele inusitado movimento em pleno feriado, fiquei zanzando por […]

Passeio na Afonso Pena

Manhã de domingo. No asfalto, poucos automóveis. Pouquíssimos. Na calçada, quase ninguém. Livre da Feira de Artesanato, a avenida respira. Inicio a minha caminhada em frente ao Palácio das Artes. Lá dentro, somente o segurança. Aqui fora a atração é a dança do vento encenada pelas palmeiras imperiais. O problema é que a performance acontece […]

Os segredos da Sapucaí

Seis e meia da manhã. Rua Sapucaí, próximo ao viaduto da Floresta. Sigo rente à balaustrada, direção Assis Chateaubriand. De tempos em tempos escuto, abafado pela fileira de árvores que encobre a linha de trem lá embaixo, o ranger do metrô deslizando sobre os trilhos da ferrovia.  Um pouco acima, mas ainda em nível inferior […]

Domingo na Bernardo Monteiro

Era domingo. Uma bela manhã de domingo. No painel de instrumentos, implacável, o relógio exibia o adiantado da hora: dez e meia. Havíamos saído de casa, na Floresta, com o intuito de caminhar na Praça da Liberdade. Naquele horário, para quem foge de aglomeração, uma péssima escolha, não é mesmo? Mas quem sabe… Se tivéssemos […]

A pracinha da Floresta

Sábado, 12 de dezembro. Sete da manhã. A praça Comendador Negrão de Lima estava praticamente deserta. Era tudo o que eu queria. Caminhar livremente, sem atropelar (e sem atrapalhar) ninguém. Mais conhecida como pracinha da Floresta, a praça Comendador Negrão de Lima justifica a alcunha. Tem apenas 80 de comprimento por 40 de largura. Caminhar […]

De São Gonçalo ao Santo Agostinho

Primeiro domingo após a viagem a São Gonçalo do Rio das Pedras. Acordei disposto a encerrar de vez o meu jejum de caminhadas de rua em Belo Horizonte. Olhei para o céu e vi que a sorte estava ao meu lado. Sol de primavera, poucas nuvens pra contar a história. Mas havia um porém: onde […]

Sob as bênçãos de São Gonçalo

Após um jejum de cento e oitenta e poucos dias por conta da pandemia, finalmente voltei às minhas caminhadas de rua. O local escolhido não foi a Praça da Liberdade, o Parque Municipal, a Andradas ou a José Cândido. A bem da verdade, não foi nenhum parque, praça ou rua de Belo Horizonte. O local […]

Os (des)caminhos do Colégio Estadual da Serra

1965. Primeiro ano de ginásio. Colégio Estadual da Serra. Na primeira semana de aula segui direitinho o caminho que haviam traçado pra mim: Serranos, Caraça, Oriente, Muzambinho, Ouro, Ivaí. Da segunda semana em diante, nem tanto. Logo de cara eliminei o trecho Caraça-Oriente e passei a utilizar a variante Serranos-Trifana. Cortei um bom caminho, embora […]