Estão pensando que somos tolos?

Porque será que em Belo Horizonte existem tantas obras paralisadas ou devagar quase parando com placas indicando apenas o prazo de execução? Estão pensando que somos tolos? É muito cômodo! Colocam o prazo de execução, normalmente em dias, só para dificultar a nossa “fiscalização”. Afinal, quem vai se lembrar que 720 dias, por exemplo, correspondem a dois anos? E como se não bastasse, omitem também a data de início. Assim fica difícil saber quando as obras vão ser concluídas, não é mesmo? Atrasos e paralisações acontecem. Mas não pensem que somos tolos, não tentem nos enganar, omitindo ou prestando informações incompletas. Um bom exemplo é a reforma da Escola Estadual Barão do Rio Branco na avenida Getúlio Vargas, na Savassi, que vem se arrastando há um bom tempo (ver atualização). Tudo bem que é uma obra de restauração e requer maiores cuidados, mas quem nos garante que já não deveria estar concluída? Vejam em detalhe a placa principal e tirem suas conclusões. Observem o prazo de execução: 900 dias. Porque não colocaram 2 anos e meio ao invés de 900 dias? E a data de início, onde é que está? Ahhh… tenham paciência! E olha que a reforma da Barão do Rio Branco é apenas uma entre várias outras obras na mesma situação. Quem não fica incomodado com a interminável reforma do prédio conhecido como Rainha da Sucata na Praça da Liberdade, para onde será transferido (quando?) o Centro de Apoio Turístico Tancredo Neves? (ver atualização) Ou com a reforma do antigo prédio do IPSEMG, também na Praça da Liberdade, onde funcionará (quando?) a Escola de Design da UEMG? Observem a quantidade de placas. Agora, obra mesmo que é bom… E a construção do Espaço Multiuso no Parque Municipal, onde funcionava o antigo colégio IMACO (imagem de abertura deste artigo), que está paralisada e sem qualquer perspectiva de retomada? Queremos transparência! Ao iniciarem uma obra, coloquem placas com todas as informações necessárias e se houver algum contratempo, algum imprevisto, justifiquem a paralisação ou o atraso e retifiquem as informações. Quanto maior a paralização ou o atraso, maior o desconforto para o pedestre e a poluição visual. Afinal, ninguém gosta de caminhar em calçadas detonadas e bloqueadas por tapumes caindo aos pedaços. Queremos caminhar com segurança e prazer! A propósito, vocês se lembram de um artigo que publiquei há mais de um ano, chamando a atenção para duas outras obras paralisadas que encontro diariamente no meu caminho? Pois bem, não são obras públicas como as que citei anteriormente, mas obras particulares e se encontram na mesma situação até hoje: tapumes atravancando a passagem do pedestre e apodrecendo a olhos vistos, sem falar nas calçadas, que estão intransitáveis. Até quando teremos que conviver com esta situação? Estão pensando que somos tolos e, além disso, cegos?

Publicados

Nesta página você encontra todos os artigos já publicados aqui no blog. Para facilitar a busca, os artigos foram classificados em três grandes grupos: Informação/divulgação; Experiência pessoal; Opinião. 1. Informação/divulgação: Vinho, queijo e alívio para a população (a implantação de pontos de venda de vinho e queijo dotados de sanitários públicos em BH) A Pampulha que só enxerguei agora, após o reconhecimento internacional (um pouco da história da criação da Pampulha) Acima de tudo a ciclovia (sobre a maior ciclovia do mundo, que fica na China) Um edifício chamado Sulacap (a história do edifício Sulacap em BH) Calçada não é cilada! (campanha de conscientização sobre a importância da conservação e qualidade das calçadas) No domingo sou dono da rua. E você? (divulgação do Programa “No Domingo a Rua é Nossa” da Prefeitura de BH) Adelante Madrid! (a humanização da principal avenida de Madrid) Eu curto esse circuito. E recomendo! (divulgação do “Circuito Pampulha Noturno” da Prefeitura de BH) BH: você vai se surpreender com esta cidade! (divulgação de roteiros para caminhar pelas ruas de BH) Caminhando com os Beatles (divulgação do “Dia Mundial do Pedestre”) BH tem cura! (divulgação do “CURA – Circuito Urbano de Arte”, que se propõe dar nova vida as fachadas dos prédios do centro de BH) Caminhada Bariatricados 2017 (divulgação de evento promovido por ex-obesos que fizeram cirurgia bariátrica e querem ajudar os que estão em fase de tratamento) Cara e coração (sobre as mudanças que fizemos no blog, para tornar mais agradável a experiência dos leitores) É Natal! (mensagem de Natal do caminhada.org) Fazendo arte na Lagoinha (o circuito urbano de arte chega ao bairro Lagoinha) Ano Novo (mensagem de Ano Novo 2019-2020) 2. Experiência pessoal: Até pegar o jeito… (como descobri a melhor maneira de voltar do trabalho a pé) Como a pasta de couro e outros apetrechos entraram nessa história… (como consegui tornar mais eficiente a minha caminhada) Acredite se quiser, até Carlos Drummond de Andrade e Geraldo Vandré entraram na minha história (as pedras e as flores que encontro no meio do caminho) Assim caminha a humanidade… (sobre o meu jeito de caminhar) O clamor de um rio invisível (o córrego do Leitão dos meus tempos de criança) Domingo na Savassi (o dia em que caminhei pela Savassi sem ouvir o ronco dos motores) A hora e a vez dos pés (onde faço uma justa homenagem aos pés, especialmente os meus) O surpreendente caminho de J.W. (como venho fazendo o mesmo trajeto anos seguidos, sem perder o entusiasmo) Coisas que aprendi na rua (macetes para quem gosta de caminhar em BH) Inventando moda no Barro Preto (como descobri, por acaso, um novo local para fazer minhas caminhadas) Da Feira de Amostras ao Parque Municipal sob os fícus da Afonso Pena (um passeio pela avenida Afonso Pena de minha infância) A hora e a vez do Augusto Pedestre (sobre pedestres e suas faixas) O Instituto de Educação e outros ícones da avenida Afonso Pena (sobre comentários feitos em artigo anterior) Avenida Bernardo Monteiro, sua nova pista de caminhada em BH (como descobri essa nova pista de caminhada) O outro lado da Sapucaí (as surpresas que a Sapucaí nos revela) Uma sexta quase perfeita (a invenção de moda que salvou o dia em que o Brasil foi derrotado pela Bélgica) Uma quinta pra lá de especial (a semana sem carro que só fez bem) Subir Bahia, descer Floresta (como fazia o compositor Rômulo Paes nos bons tempos de outrora) Um lugar chamado Baixo Centro (um passeio pela região mais emblemática da cidade) Caminhada da Independência (o 7 de setembro que ficou na história) Alameda da Liberdade (uma opção de caminhada junto à Praça da Liberdade) Os 121 anos de BH (e do Parque Municipal) (uma reflexão em torno da recuperação do Parque Municipal) Santa Tereza, a esquina do mundo (Clube da Esquina, rock e ‘pop music’ num único lugar) Domingo cedo no Floresta (Explorando a rua Marechal Deodoro e região) Missa na Matriz (Sobre a Igreja da Boa Viagem e região) O Parque Municipal visto com outros olhos (A Vitória de Samotrácia e outras atrações do Parque Municipal) Um domingo na Praça da Liberdade (Um domingo na sempre renovada Praça da Liberdade) Surpresa no Santa Efigênia (Vida nova na esquina de Brasil com Padre Marinho) Dois coelhos de uma caminhada só (Um passeio pelo Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG) Da praia à Estação (A descoberta da pista de caminhada da Praça da Estação) Carnaval de BH: um pé cá, outro acolá (Como aproveitar o carnaval de BH sem tirar o carro da garagem) Minhas caminhadas em tempos de coronavírus (Como caminhar sem sair de casa) 3. Opinião Foi apenas sonho de uma noite de verão… (proposta para transformação da rua Sapucaí em rua de lazer) O dia em que sai da Praça 7 caminhando… (o High Line Park de Nova Iorque como inspiração para a construção de passarelas em BH) O dia em que o ‘puxadinho’ do Sulacap foi ao chão…  (a demolição da construção que jamais deveria ter saído do chão) Corredor cultural da praça da Estação, porque parou? (o resgate de dois projetos de uma só vez) Palácio e Praça da Liberdade: porque não uma coisa só? (a integração que todos querem ver) Calçadas de BH: um caso de polícia (uma reflexão sobre a calamitosa situação das calçadas de BH) Prédios históricos de BH, porque não iluminar? (o inexplicável descaso com a iluminação de nosso patrimônio histórico) Parque Municipal de BH: o maior parque urbano da América Latina? (a história que pouca gente conhece) Caminhada, um novo meio de transporte? (uma contribuição para a melhoria do trânsito em BH) Rua de pedestres na praça Comendador Negrão (sobre o fechamento de um trecho de rua no Floresta) Estão pensando que somos tolos? (as placas de obras públicas e sua insignificância) A fama das calçadas (as calçadas sob a luz dos holofotes) A Serra do Curral é nossa! (sobre a ampliação do prédio do antigo Instituto Hilton Rocha) Pampulha, um

Obras concluídas

Nesta página, só notícia boa: obras importantes que na época em que foram citadas aqui no blog estavam em andamento ou paralisadas e agora estão concluídas. Nome da obra: Castelinho da Floresta Tópico referenciado: veja aqui Data da atualização: 05/03/2017 Informação atualizada: O casarão abandonado onde funcionou o antigo Hotel Palladium, na rua Varginha, também conhecido como “Castelinho da Floresta” foi totalmente restaurado pelo Instituto MRV em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. Já está funcionando no local o Centro Pop Miguilim, Centro de Referência para a População de Rua. O “Castelinho da Floresta” após a reforma (foto: divulgação Instituto MRV) _____________________________________________________________________________________ Nome da obra: Rainha da Sucata Tópico referenciado: veja aqui Data da atualização: 28/05/2017 Informação atualizada: A reforma do “Rainha da Sucata”, na Praça da Liberdade, foi concluída. Já está funcionando no local o Centro de Apoio Turístico Tancredo Neves. Escultura na entrada do “Rainha da Sucata” (foto: Bruno Santa Cecília) ________________________________________________________________________________ Nome da obra: Escola Estadual Barão do Rio Branco Tópico referenciado: veja aqui Data da atualização: 16/06/2018 Informação atualizada: A obra de restauração da belíssima construção onde funciona a Escola Barão do Rio Branco, que remonta aos primórdios da capital (início do século passado), demorou mas foi concluída com sucesso. Ficou uma beleza! Vale a pena passar por lá e conferir. Escola Estadual Barão do Rio Branco após a restauração (foto: José Walker)