7.600 metros de pista para pedalar à vontade. E o que é melhor, sem se preocupar com os automóveis.

Só há um porém: para desfrutar esta maravilha você tem que ir à China!

Isso mesmo. Desde fevereiro os chineses da cidade de Xiamen – e os visitantes que se aventuram por aquelas bandas – têm a sua disposição uma ciclovia elevada de quase 8 km de extensão, a maior do mundo!

Foto: Dissing + Weitling – Divulgação

É como se fôssemos da Rodoviária ao Mineirão pedalando, sem qualquer interferência.

A ciclovia, projetada pela Dissing + Weitling (Dinamarca), interliga bairros residenciais e centros financeiros e se conecta com outros sistemas de transporte público, facilitando o deslocamento da população. Conta com estações de bicicletas e é bem iluminada, para garantir a segurança dos usuários à noite.

Fiquei sabendo da novidade através de matéria publicada no Conexão Planeta pela jornalista Mônica Nunes (veja a matéria completa aqui).

E tem mais. Segundo o pessoal da CicloVivo, “todo o conceito do projeto foi desenvolvido há cerca de oito anos por estudantes do ensino médio no concurso anual de Ciência e Tecnologia da Juventude da cidade de Xiamen” (confira aqui).

Vejam só: estudantes do ensino médio! Sinal de que a China vem investindo pesado na educação de base.

Mas o que gostei mesmo foi do tratamento dispensado ao pedestre, que dispõe de faixa exclusiva, devidamente sinalizada, e compartilha com o ciclista o privilégio de trafegar livre da incômoda presença dos automóveis.

Aliás, a ideia de utilizar vias elevadas para livrar o pedestre e, porque não o ciclista, do trânsito de veículos só vem reforçar o que eu já havia imaginado anteriormente para BH (veja aqui e aqui também).

Mais do que justo. Em se tratando de mobilidade urbana, ciclistas e pedestres merecem toda a atenção e respeito. São cidadãos “limpos”, não poluem o ambiente.

É a China dando o seu recado, investindo em energia limpa. Um belo exemplo para os demais membros do BRIC.

Mas será que Brasil, Rússia e Índia têm avançado neste sentido?

Temo que a resposta seja não. Uma coisa, porém, é certa: a continuar desse jeito, em breve perderemos o “C” da questão.

Foto de abertura: www.news.cn

2 respostas

    1. Olá Ricardo!
      Que bom te ver aqui de novo.
      Sim, espero que sigamos o exemplo da China.
      Afinal, também somos BRIC!

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